Madri, 22 out (EFE).- Os sindicatos e a direção da fabricante de
autopeças austríaco-canadense Magna chegaram a um princípio de
acordo sobre o futuro da fábrica da Opel na cidade espanhola de
Figueruelas que prevê a demissão de 900 de seus 7.500 funcionários.
O ministro da Indústria espanhol, Miguel Sebastián, foi o
mediador entre as partes e disse que o pré-acordo "garante" o futuro
da fábrica espanhola por mais dez anos graças a um plano industrial
"competitivo" que permitirá à instalação de Figueruelas continuar
como a "mais importante" da Opel, filial europeia da General Motors
(GM).
Apenas 19 dos 35 representantes dos seis sindicatos da empresa
assinaram o pré-acordo.
O restante preferiu decidir sobre o assunto em assembleia ou
rejeitar os planos da Magna, que com esse princípio de acordo está
mais próxima de assumir o controle da Opel.
O executivo-chefe da Magna, Siegfried Wolf, lamentou as
demissões, mas destacou que sua intenção é fabricar "melhores
produtos a melhores preços" para aumentar as vendas, voltar aos
lucros e ampliar o número de funcionários.
O número de 900 empregados que serão despedidos representa 432
funcionários a menos do que na proposta anterior da multinacional.
A GM pretende vender 55% da Opel para a Magna e o banco russo
Sberbank, ficando com 35%, enquanto os 10% restantes ficariam nas
mãos dos funcionários.
O plano de reestruturação de Opel prevê a demissão de 11 mil
pessoas em toda a Europa e uma reestruturação da distribuição dos
modelos produzidos em cada fábrica. EFE