México, 19 out (EFE).- O governador do Banco de Espanha (Banco
Central espanhol), Manuel Fernández, recomendou hoje aos bancos
centrais, políticas econômicas coordenada e de controle global para
evitar novas crises financeiras e sair da atual.
Durante sua participação na conferência internacional "Desafios e
estratégias para promover o crescimento econômico", organizada pelo
banco central mexicano na Cidade do México, Fernández afirmou que a
superação bem-sucedida da crise atual "exigirá novas respostas em
diversos âmbitos de política econômica e deverão ser mais coerentes
que no passado".
"Viver em uma torre de marfim nunca foi aconselhável, mas a
partir de agora será impossível", assegurou o responsável da
política monetária da Espanha.
Ele explicou que a crise financeira abriu um intenso debate sobre
políticas econômicas para evitar os mesmos erros no futuro,
esclarecendo que "se deve preservar os elementos do modelo econômico
vigente, que demonstraram ser valiosos, como são a liberalização e
integração dos mercados, a consolidação fiscal e a manutenção da
estabilidade de preços".
Reiterou que para evitar novas crises financeiras, além das
medidas de controle monetário, é imprescindível aprofundar em uma
estratégia de regulação e supervisão financeira que não pode
desenvolver-se de maneira isolada mas em concordância com políticas
domésticas como as adotadas por outros países.
Lembrou que atualmente se trabalha na União Europeia em vários
esquemas de supervisão e mecanismos de controle global.
Advertiu que esta tendência não deve destruir a independência dos
bancos centrais em sua missão de manter a estabilidade dos preços e
sim manter-se em interação com outras políticas econômicas e
financeiras.
No entanto, "se não se adotam grandes mudanças estruturais
viveremos em um novo cenário de subcrescimento e pouca geração de
empregos", disse. EFE