Atenas, 14 set (EFE).- A Grécia recebe nesta terça-feira a
segunda parte da ajuda de nove bilhões de euros aprovada no plano de
resgate criado recentemente pelos sócios da União Europeia para
evitar a quebra do país, enquanto persistem os protestos contra a
política de economia do Governo.
Deste total, 6,5 bilhões correspondem aos países da zona do euro
e outros 2,5 bilhões ao Fundo Monetário Internacional (FMI).
O Ministério das Finanças da Grécia anunciou que "a segunda parte
da ajuda dos países da zona do euro, de 6,5 bilhões de euros, foi
depositado ontem (segunda-feira) na conta do Estado no Banco da
Grécia pelo Banco Central Europeu (BCE)" e nesta terça o país espera
os 2,5 bilhões do FMI.
A chegada da ajuda internacional coincide com uma nova emissão de
dívida pública, em forma de papéis do tesouro com vencimento a seis
meses, com a qual as autoridades gregas esperam arrecadar 900
milhões de euros.
Os protestos continuam contra a política de austeridade com a
qual o Governo quer diminuir o déficit até 8,1% do PIB este ano e
até 7,6% em 2011, contra 13,6% registrados em 2009.
O serviço de ferrovias será afetado por três interrupções
intermitentes de três horas de duração nesta terça-feira, enquanto
os caminhoneiros dificultam o tráfego na entrada a Atenas.
Os donos de postos de gasolina protestarão perante o Ministério
de Comércio contra a decisão do Governo de impor um preço máximo de
1,47 euros por litro de gasolina, para frear os abusos de preços
provocados pelo temor de que o protesto dos caminhoneiros deixe o
país sem combustíveis.
Os sindicatos de funcionários convocaram também uma manifestação
no centro de Atenas.
A Grécia recebeu já 29 bilhões de euros do total de 110 bilhões
que a UE e o FMI aceitaram emprestar a Atenas durante três anos, com
a condição de que o país realize uma dura política de poupança para
reduzir a enorme dívida e o déficit fiscal do país. EFE