Yokohama (Japão), 18 dez (EFE).- O técnico Josep Guardiola deixou a modéstia de lado após a vitória por 4 a 0 sobre o Santos, na final do Mundial de Clubes, que representou sua 13ª conquista sob o comando do Barcelona, e exaltou os números do time desde que ele a assumiu, em 2008.
"A continuidade, estar em cima, isso é o difícil. Ganhar 13 de 16 títulos fala por si só. Isso será lembrado para sempre, embora eu não saiba se eles (os jogadores) têm consciência disso atualmente", disse o treinador, que atribuiu a vitoriosa trajetória ao "grande espírito competitivo" que os atletas do clube desenvolveram.
Guardiola se mostrou especialmente contente com o primeiro tempo feito pelo Barça no Estádio Internacional de Yokohama e porque a equipe conseguiu fazer com que Neymar pouco aparecesse.
"Vimos cinco ou seis partidos do Santos, e sabíamos que era preciso estar preparado quando Neymar tivesse a bola", declarou o técnico espanhol, que minimizou a própria importância ao ser perguntado sobre o desenho tático do time, que alguns consideraram ser um 3-7-0, e afirmou que a fórmula é simples.
"O que tentamos fazer é tocar a bola o mais rápido possível. Na verdade, é o que o Brasil sempre fez, segundo me contavam meus pais e meus avôs", acrescentou.
Perguntado se este Barcelona é o melhor da história, Guardiola também foi modesto: "Para chegar a este nível de jogo, foi preciso que houvesse as gerações anteriores. Os jogadores atuais viram as atuações dos que jogaram antes pelo clube, que também jogavam muito bem".
O técnico ainda classificou o troféu obtido como "um prêmio difícil de se alcançar" e se disse feliz por conquistar o título no Japão, onde o Barça foi derrotado na final do Mundial de 2006, para o Internacional, e na disputa da Copa Intercontinental de 1992, para o São Paulo, quando Guardiola ainda atuava como jogador da equipe catalã. EFE