Guttenberg confia que venda da Opel não fracassará em Bruxelas

Publicado 17.10.2009, 06:19

Berlim, 17 out (EFE).- O ministro alemão de Economia, Karl-Theodor zu Guttenberg, disse hoje estar convencido que a operação de compra de Opel pela Magna não fracassará, apesar dos receios de Bruxelas, e que também não haverá que reiniciar desde o princípio as negociações sobre a filial da General Motors.

"Acho que se encontrará a resposta adequada", manifestou o ministro, após expressar sua "plena compreensão" pelo processo da Comissão Europeia, já que, admitiu, "houve provavelmente nos últimos meses algum que outro mal-entendido por certas declarações, embora não minhas".

Guttenberg reagiu assim à carta recebida esta semana da comissária europeia de concorrência, Neelie Kroes, na qual lhe advertia da existência de "indícios significativos" que as ajudas prometidas pela Alemanha a Opel na operação de compra e venda estipulada com Magna poderiam violar as normas comunitárias.

Segundo a investigação preliminar da CE, há "indícios significativos" que a ajuda prometida pelo Governo alemão estava "pré-condicionada" a que Magna, que conta com o apoio do banco russo Sberbank, fosse a escolhida para ganhar o controle da Opel.

Em sua carta, Kroes indicava que uma condição desse tipo seria "incompatível" com as normas europeias de ajudas de Estado e as regras do mercado interno.

O Governo alemão expressou repetidamente, enquanto havia vários investidores interessados na operação, que Magna era sua clara favorita e condicionou sua contribuição a que General Motors decidisse por essa opção.

Berlim se comprometeu a facilitar ajudas, créditos e avais na casa de 4,5 bilhões de euros, para possibilitar a operação de compra e aspira a que o resto de países implicados participem do financiamento.

Vários países onde Opel tem fábricas, como Espanha, Bélgica e Reino Unido, tinham expressado a Bruxelas sua preocupação perante um possível acordo da Alemanha com Magna para que esta desse um tratamento preferencial às fábricas em seu território.

A comissária estima que a General Motors e Opel devem "ter a oportunidade de reconsiderar" o resultado do processo com "garantias por escrito firmes por parte das autoridades alemãs", que as ajudas estariam disponíveis independentemente do investidor ou de seu plano.

O acordo de compra-venda da Magna devia ter sido assinado na quinta-feira passada, mas a operação se postergou, aparentemente por ainda existirem aspectos pendentes de renegociação, entre eles os receios da Comissão Europeia.

O próprio Guttenberg minimizou ontem a demora e afirmou que vários dos países implicados no futuro de Opel - citando a Áustria e Polônia - se mostraram já de acordo em participar do financiamento do plano de salvação da companhia.

Acrescentou que há bons indícios de que o Reino Unido se somará ao plano e que mantém "um diálogo construtivo" com a Espanha. EFE

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