Investing.com – O dólar norte-americano saiu da baixa de dois meses em relação à cesta das principais moedas mundiais hoje, após dados mostrado que os pedidos de seguro-desemprego nos EUA atingiram uma baixa de 15 anos na semana passada, embora a declaração de política mais recente do Banco Central dos EUA (Fed) tenha continuado pesando sobre a moeda do país.
Em um relatório, o Departamento de Trabalho dos EUA informou que a quantidade de indivíduos que entraram com pedido novo de seguro desemprego na semana que terminou em 25 de abril caiu em 34.000, para 262.000, do total da semana anterior de 296.000.
Os analistas esperavam que os novos pedidos de seguro-desemprego caíssem em 6.000 para 290.000 na semana passada.
O dólar ficou sob pressão após o Fed ter citado na quarta-feira a fraqueza na economia dos EUA e ter dito que levará em conta as condições do mercado de trabalho, as pressões e as expectativas de desenvolvimentos financeiros internacionais inflacionários para decidir sobre quando haverá um aumento das taxas.
A declaração foi feita após dados terem mostrado que o produto interno bruto dos EUA cresceu apenas 0,2% nos três meses até março, desacelerando de 2,2%, no último trimestre de 2014. Foi a menor taxa de crescimento em um ano.
O índice do dólar, que avalia a força do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, caiu 0,26% para 95,06, saindo de uma baixa da sessão de 94,48.
EUR/USD subiu 0,36%, para 1,1168, saindo das altas de nove semanas de 1,1249, alcançadas no início da sessão.
A moeda única encontrou apoio após dados oficiais terem mostrado que a inflação de preços ao consumidor da zona do euro ficou estável neste mês, em comparação com as expectativas para uma queda de 0,1% e após um recuo de 0,1% em março.
A taxa está abaixo de 1% há 18 meses consecutivos agora, bem abaixo da meta do Banco Central Europeu (BCE) de um pouco menos de 2%.
O índice de preços ao consumidor que exclui os custos de energia, alimentos e tabaco subiu 0,6% em abril, em consonância com as projeções e inalterado em março.
Um relatório separado mostrou que a taxa de desemprego do bloco manteve-se estável em 11,3% no mês passado, o menor nível desde junho de 2012. Os analistas esperavam que a taxa caísse para 11,2% em março.
A libra caiu, saindo das altas de dois meses de 1,5499, alcançadas na quarta-feira, com GBP/USD em 1,5380, uma queda de 0,39% para o dia.
Em outros lugares, o dólar norte-americano apresentou alta em relação ao iene, com USD/JPY subindo 0,11%, para 119,16, e caiu frente ao franco suíço, com USD/CHF recuando 0,12%, para 0,9384, perto de baixas de dois meses de 0,9408 alcançadas no início da sessão.
No início do dia, a Agência de Pesquisa Econômica KOF disse que o índice de indicadores de tendência da Suíça atingiu uma baixa de um ano de 89,5 neste mês, de 90,9 em março, cujo valor foi revisto a partir de uma leitura anteriormente estimada de 90,8. Os analistas esperavam que o índice subisse para 91,5 em abril.
Os dólares australiano e neozelandês ampliaram as perdas, com AUD/USD recuando 1,36%, para 0,7899, e NZD/USD caindo 1,10%, para 0,7599.
A moeda australiana ficou sob pressão, após o Banco Central da Nova Zelândia ter mantido sua taxa básica de juros em 3,50%, mas disse que poderia diminuir os custos de empréstimos no futuro.
Enquanto isso, USD/CAD subiu 0,13%, para 1,2036, após dados terem mostrado que a economia do Canadá estagnou em fevereiro, em comparação com as expectativas para uma contração de 0,1% e após o produto interno bruto do país ter sido revisto para uma queda de 0,2% no mês anterior.