SAN FRANCISCO (Reuters) - A Oculus, empresa de realidade virtual de propriedade do Facebook, está cortando temporariamente o preço do seu equipamento, em um momento no qual a indústria tenta descobrir por que a tecnologia de imersão em jogos e histórias não deslanchou com os consumidores.
Oculus está cortando, por seis semanas a partir desta segunda-feira, o preço combinado de seus óculos Rift e controles Touch para 399 dólares, disse Jason Rubin, vice-presidente de conteúdo da empresa. Isso corresponde ao preço de outro conjunto de realidade virtual, o PlayStation VR, fabricado pela Sony Corp.
O Vive, um conjunto de realidade virtual desenvolvido pela HTC, tem preço de venda em seu site de 799 dólares e não cortou recentemente o preço.
O Facebook, em 2014, pagou 3 bilhões de dólares para adquirir a Oculus e manter seus funcionários.
O presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, disse na época que o meio, que oferece uma visão panorâmica de 360 graus, "se tornaria parte da vida diária de bilhões de pessoas".
Isso não aconteceu, embora não seja claro se isso se deve aos preços elevados, a algo inerente à tecnologia ou algum outro motivo.
Descontos de preços às vezes são sinal de vendas fracas. Rubin, no entanto, disse em uma entrevista que não era o caso do Oculus. Ele disse que poderia ter cortado o preço antes, mas queria esperar até que houvesse jogos, filmes e outros entretenimentos suficientes para manter uma ampla audiência ocupada.
O ritmo dos lançamentos de jogos acelerou, tornando possível um maior apelo, disse Rubin. "Estamos agora em um espaço onde o mercado de massa pode ser muito mais feliz."
Oculus já tinha cortado o preço uma vez antes neste ano, em março, de 798 para 598 dólares.
Em maio, Oculus fechou as portas do Story Studio, dois anos depois lançado no Sundance Film Festival, para se concentrar produtores externos de conteúdo.