Nova York, 7 fev (EFE).- A fabricante de refrescos Coca-Cola anunciou nesta terça-feira que em 2011 ganhou US$ 8,572 bilhões, 27% a menos que no ano anterior, com o enfraquecimento do efeito da milionária compra de sua engarrafadora nos Estados Unidos.
A companhia com sede em Atlanta (Geórgia) registrou assim um lucro líquido por ação de US$ 3,69, US$ 1,37 a menos que em 2010, quando obteve um lucro líquido de US$ 11,809 bilhões.
A Coca-Cola faturou nos últimos 12 meses um total de US$ 46,542 bilhões, 33% a mais que os US$ 35,119 bilhões do ano anterior.
A empresa atribuiu a queda em seu lucro anual aos custos de reestruturação após a compra em fevereiro de 2010 da engarrafadora Coca-Cola Enterprises, que no entanto conseguiu compensar com o aumento em suas vendas, sobretudo fora dos Estados Unidos pela apreciação do dólar.
O presidente e executivo-chefe de Coca-Cola, Muhtar Kent, disse em comunicado se sentir "privilegiado" por poder "aliviar um mundo sedento" e destacou que as contas cumpriram os objetivos a longo prazo do grupo.
Kent também anunciou um novo programa de redução de custos com o qual a empresa prevê economizar entre US$ 550 e US$ 650 milhões anuais até 2015.
Sobre os resultados trimestrais, que chamavam a atenção de analistas americanos nesta terça-feira, a Coca-Cola obteve no último trimestre de 2011 um lucro líquido de US$ 1,654 bilhões, um forte retrocesso de 71% sobre os US$ 5,771 bilhões que ganhou no mesmo período de 2010.
Isso se traduziu em um lucro líquido por ação de US$ 0,72, frente aos US$ 2,46 do mesmo período do ano anterior. A Coca-Cola teve uma renda total no quatro trimestre de US$ 11,040 bilhões, 3% a mais que os US$ 10,494 bilhões que faturou entre outubro e dezembro de 2010.
A companhia, uma das 30 componentes do índice Dow Jones Industrial, divulgou suas contas antes da abertura da Bolsa de Nova York, onde suas ações acabaram na segunda-feira com uma queda de 0,07%, mas nas operações eletrônicas prévias ao início da sessão os mesmos títulos subiam 1,06%.
A Coca-Cola se valorizou 8,74% no pregão nova-iorquino nos últimos 12 meses. EFE