Rio de Janeiro, 17 nov (EFE).- O presidente Luiz Inácio Lula da
Silva afirmou hoje que a economia brasileira não só superou a crise
econômica global, como no terceiro trimestre do ano alcançou um
"ritmo chinês" de crescimento, com expansão de quase 9%.
Na coluna que escreve semanalmente para a imprensa, o presidente
citou a elevada taxa de crescimento da economia brasileira no
terceiro trimestre e a geração de mais de um milhão de novos
empregos formais em 2009 como indicadores de que a crise já foi
superada.
"Entre vários indicadores que resultam desse clima altamente
propício, cito o saldo positivo, em pleno ano de crise, de um milhão
de empregos formais e o PIB (Produto Interno Bruto) do terceiro
trimestre, que deve registrar crescimento a um ritmo chinês, de
perto de 9%", afirmou Lula na coluna, na qual responde perguntas de
leitores.
A taxa de crescimento a "ritmo chinês" foi citada na semana
passada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que afirmou que a
economia nacional já está crescendo a um índice anual de 5% após
entrar em recessão técnica até o primeiro trimestre deste ano.
De acordo com o ministro, após o crescimento de 1,9% no segundo
trimestre frente ao primeiro, a expansão no terceiro trimestre deste
ano deve ficar entre 8% e 10%.
Os números sobre emprego, por sua vez, foram divulgados ontem
pelo Ministério do Trabalho, que informou que o país gerou nos
primeiros dez meses do ano 1.163.607 novos empregos formais.
Lula citou os bons indicadores ao responder a uma pergunta sobre
o papel das reservas internacionais para ajudar o Brasil a superar a
crise.
"Nossas reservas, hoje em US$ 233 bilhões, foram fundamentais
para a resistência à crise financeira. No Governo anterior, o Brasil
era um país devedor e, quando ocorria uma crise, quebrava e tinha
que chamar o FMI (Fundo Monetário Internacional) e se sujeitar a
suas imposições", afirmou Lula.
O presidente acrescentou que o Brasil não só pagou sua dívida com
o FMI, mas conseguiu anular os efeitos negativos da dívida externa
pública na economia ao acumular um volume de reservas superior à
mesma e se transformar em credor internacional.
"Esse colchão de segurança foi um dos fatores que permitiram o
Brasil ser elevado ao nível de 'grau de investimento' pelas três
principais agências de risco internacionais", disse Lula. EFE