Lula diz que economia brasileira já cresce a "ritmo chinês"

Publicado 17.11.2009, 12:43

Rio de Janeiro, 17 nov (EFE).- O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje que a economia brasileira não só superou a crise econômica global, como no terceiro trimestre do ano alcançou um "ritmo chinês" de crescimento, com expansão de quase 9%.

Na coluna que escreve semanalmente para a imprensa, o presidente citou a elevada taxa de crescimento da economia brasileira no terceiro trimestre e a geração de mais de um milhão de novos empregos formais em 2009 como indicadores de que a crise já foi superada.

"Entre vários indicadores que resultam desse clima altamente propício, cito o saldo positivo, em pleno ano de crise, de um milhão de empregos formais e o PIB (Produto Interno Bruto) do terceiro trimestre, que deve registrar crescimento a um ritmo chinês, de perto de 9%", afirmou Lula na coluna, na qual responde perguntas de leitores.

A taxa de crescimento a "ritmo chinês" foi citada na semana passada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que afirmou que a economia nacional já está crescendo a um índice anual de 5% após entrar em recessão técnica até o primeiro trimestre deste ano.

De acordo com o ministro, após o crescimento de 1,9% no segundo trimestre frente ao primeiro, a expansão no terceiro trimestre deste ano deve ficar entre 8% e 10%.

Os números sobre emprego, por sua vez, foram divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho, que informou que o país gerou nos primeiros dez meses do ano 1.163.607 novos empregos formais.

Lula citou os bons indicadores ao responder a uma pergunta sobre o papel das reservas internacionais para ajudar o Brasil a superar a crise.

"Nossas reservas, hoje em US$ 233 bilhões, foram fundamentais para a resistência à crise financeira. No Governo anterior, o Brasil era um país devedor e, quando ocorria uma crise, quebrava e tinha que chamar o FMI (Fundo Monetário Internacional) e se sujeitar a suas imposições", afirmou Lula.

O presidente acrescentou que o Brasil não só pagou sua dívida com o FMI, mas conseguiu anular os efeitos negativos da dívida externa pública na economia ao acumular um volume de reservas superior à mesma e se transformar em credor internacional.

"Esse colchão de segurança foi um dos fatores que permitiram o Brasil ser elevado ao nível de 'grau de investimento' pelas três principais agências de risco internacionais", disse Lula. EFE

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