Rio de Janeiro, 10 nov (EFE).- O ministro da Fazenda, Guido
Mantega, afirmou hoje que a economia nacional já cresce ao ritmo
anual de 5% e que, após superar a recessão técnica que vigorava até
o primeiro trimestre, pode terminar o ano com expansão de 1%.
"A economia brasileira foi uma das últimas a entrar em crise e
uma das primeiras a sair", assegurou o ministro em discurso perante
um grupo de empresários brasileiros e italianos.
"O Brasil estava forte quando entrou na crise porque tinha uma
economia que vinha crescendo com dinamismo", acrescentou Mantega,
após lembrar que a economia brasileira registrou retração apenas em
dois trimestres - o último do ano passado e o primeiro deste ano.
De acordo com o ministro, após ter crescido 1,9% no segundo
trimestre em relação ao primeiro, a expansão no terceiro trimestre
deste ano deve ficar em entre 8% e 10%.
Mantega lembrou que nos últimos anos a taxa média de crescimento
superou 5% (5,1% em 2008 e 6,1% em 2007) e que, após se recuperar
este ano, a economia deve se expandir cerca de 5% novamente em 2010.
"O Brasil já iniciou um novo ciclo de expansão que vai perdurar
nos próximos anos", disse Mantega ao citar vários projetos que, para
ele, devem garantir o crescimento no futuro.
Entre os projetos citou a exploração das gigantescas reservas que
a Petrobras descobriu no oceano Atlântico, os investimentos em
infraestrutura e habitação já em andamento e as obras de logística
previstas para a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016,
como o trem de alta velocidade entre Rio de Janeiro e São Paulo.
Segundo Mantega, os investimentos da Petrobras de cerca de US$ 40
bilhões este ano estão entre os maiores do setor no mundo.
O ministro citou também o resultado recorde em produção e vendas
de automóveis anunciado ontem pelas montadoras e o grande mercado
que ainda existe em um país como o Brasil.
O ministro lembrou que o interesse dos investidores estrangeiros
na economia brasileira é tão grande que o Governo teve que impor um
imposto sobre a entrada de capital estrangeiro para frear a
desvalorização do dólar em relação ao real. EFE