Sydney (Austrália), 30 out (EFE).- O mar que separa a Austrália
da antiga colônia portuguesa do Timor sofre com dois grandes
derramamentos de petróleo nas proximidades de plataformas operadas
por uma empresa australiana e outra chinesa.
Os vazamentos estão nos poços de Puffin e West Atlas. Este
último, a apenas 50 quilômetros do litoral, joga no mar cerca de 400
barris de petróleo ao dia e pode deixar até 37 milhões de litros nas
águas até que seja consertado.
A limpeza do derramamento do poço West Atlas, que começou há dois
meses, custou por enquanto à PTTEP Australasia quase US$ 5 milhões.
Calcula-se que as perdas totais se aproximem de US$ 93 milhões.
No início da semana, representantes do Fundo Mundial para a
Conservação da Natureza (WWF) viajaram ao local do acidente e
alertaram para o grave impacto que pode ter na fauna marinha.
Segundo a porta-voz do WWF, Gilly Llewellyn, se o derramamento
tivesse ocorrido em uma área mais próxima da costa teria gerado um
"clamor global".
Já a maré negra da empresa chinesa Sinopec começou há várias
semanas, embora o público não tenha sido informado por se tratar, de
acordo com a companhia, de um "vazamento menor".
Robin Chapple, representante do Partido Verde no estado da
Austrália Ocidental, denunciou que o Governo deveria ter divulgado o
ocorrido e questionou o fato de o derramamento ser considerado
pequeno. EFE