Berlim, 4 nov (EFE).- O ministro da Economia alemão, o liberal
Rainer Brüderle, qualificou hoje de "inaceitável" a decisão da
General Motors (GM) de suspender a venda do fabricante europeu de
automóveis Opel ao grupo austríaco-canadense Magna.
"O comportamento da General Motors é totalmente inaceitável",
tanto perante os trabalhadores como frente à Alemanha, disse
Brüderle, visivelmente irritado, antes de assistir ao conselho de
ministros sob a Presidência da chanceler alemã, Angela Merkel.
O novo ministro da Economia alemão exigiu também que a General
Motors apresente com urgência seus planos para a reestruturação da
Opel, uma vez decidida a suspensão da venda.
Antes, o porta-voz oficial, Ulrich Wilhelm, disse que o Governo
alemão tinha lamentado a decisão da GM de suspender a venda da marca
Opel à Magna e exigiu a devolução de 1,5 bilhão de euros de ajuda
oferecida para apoiar a frustrada operação.
"Com essa decisão, foi interrompido um processo de investimentos
que tinha sido desenvolvido ao longo de mais de seis meses por todas
as partes envolvidas, também pla GM", disse Wilhelm.
Acrescentou que o conceito para a Opel desenvolvido pela Magna e
pelo banco russo Sberbank, favorecido também até o final pela
própria General Motors, se caracterizou por uma "lógica industrial
convincente".
Wilhelm ressaltou que o Governo alemão espera agora que a General
Motors reforce a capacidade de rendimento da Opel e que limite ao
mínimo as consequências de sua necessária reestruturação.
Além disso, espera que a General Motors devolva dentro dos prazos
contratualmente previstos as ajudas a Opel no valor de 1,5 bilhão de
euros oferecidas pelo instituto financeiro estatal alemão KfW e
pelos bancos de estados federados. EFE