Berlim, 30 out (EFE).- O novo ministro alemão de Economia, Rainer
Brüderle, e a comissária europeia de Concorrências, Neelie Kroes,
acordaram hoje em cooperar em tudo que for relacionado ao futuro da
filial automobilística alemã Opel e fazer o possível para chegar o
mais breve possível a uma decisão.
Segundo um comunicado ministerial, Brüderle e Kroes conversaram
nesta sexta-feira por telefone e ressaltaram a necessidade de se
chegar a uma decisão "para dar transparência aos trabalhadores de
Opel".
Kroes comprometeu-se em analisar rapidamente as condições
financeiras do acordo fechado com a companhia austríaco-canadense
Magna, uma vez que o Conselho de Administração da gigante americana
General Motors (GM) e a entidade fiduciária que administra os
negócios europeus tenham tomado uma decisão definitiva.
Na próxima terça-feira, o Conselho de Administração se reunirá na
sede em Detroit, nos Estados Unidos.
A Comissão Europeia (CE) pediu uma série de esclarecimentos sobre
a operação com a fabricante Magna com o objetivo de esclarecer
definitivamente se a ajuda econômica oferecida pelo Governo alemão
foi vinculada à empresa concretamente.
Brüderle deixou hoje claro por meio de uma porta-voz que a
mudança na direção do Ministério não altera os planos, que já estão
avançados.
Com isso, esclareceu dúvidas com relação a uma possível mudança
de postura do novo Governo contra o anterior.
Em algum momento, se chegou a comentar a possibilidade que
Brüderle pudesse distanciar-se da linha seguida até o momento por
Berlim, já que o Partido Liberal (FDP) se mostrou cético com relação
ao projeto.
Um dos membros da entidade fiduciária que administra o negócio
europeu da GM até a venda definitiva, Dirk Pfeil, tinha votado
contra a operação na reunião em que se decidiu levar adiante os
planos da filial alemã.
Recentemente, Pfeil insinuou a possibilidade de o Governo
retroceder e a Opel acabar ficando nas mãos da GM.
Hoje Brüderle ressaltou que Pfeil não fala como membro do
Governo, mas como uma voz dentro da entidade fiduciária. EFE