Munique (Alemanha), 6 fev (EFE).- O vice-chanceler alemão e
ministro de Exteriores, Guido Westerwelle, propôs hoje a criação "a
longo prazo" de um Exército europeu, durante a Conferência de
Segurança de Munique, na Alemanha.
O chefe da diplomacia alemã considerou a cooperação como base
para a segurança na União Europeia (UE) durante seu discurso no
debate sobre o futuro da segurança europeia.
"A meta a longo prazo é a criação de um Exército da UE sob
absoluto controle parlamentar", disse Westerwelle perante os 300
estadistas e especialistas em segurança e defesa reunidos em
Munique.
O titular de Exteriores alemão ressaltou que "a União Europeia
deve fazer jus a seu papel político como ator global. Deve tratar
das crises independentemente e deve poder atuar rapidamente,
flexível e unida".
"Para isso e em tempos de recursos cada vez mais escassos, a UE
deve unir suas forças, determinar prioridades e repartir
responsabilidades", afirmou Westerwelle. Para o vice-chanceler
alemão, "o projeto da UE de uma política comum de segurança e defesa
será um motor para que o bloco cresça unido".
Além disso, ele comentou em seu discurso que uma forte gestão das
crises por parte da UE não representará "a substituição de outras
estruturas de segurança". Para ele, o continente não é uma ameaça a
ninguém e, portanto, "ninguém deve temer a Europa".
"A política de segurança e defesa comum será a resposta europeia
à globalização", acrescentou. EFE