Investing.com - O dólar operou em altas de 4 meses contra a cesta das principais rivais nesta terça-feira, após a divulgação de dados melhores do que o esperado sobre o setor de habitação nos EUA e ao passo que o Fundo Monetário Internacional (FMI) avaliou o prejuízo econômico para a zona do euro e o Reino Unido na sequência da decisão do Reino Unido deixar a União Europeia (UE), conhecida como Brexit.
O índice do dólar, que avalia a força do dólar norte-americano em relação à cesta das seis principais moedas, atingiu uma alta intraday de 97,17, um nível não visto desde março. Ele operou em alta de 0,56%, para 97,10.
Em um relatório, o Departamento de Comércio dos EUA disse que a construção de imóveis saltou 4,85% para atingir 1,189 milhão de unidades, acima das expectativas para uma alta de 1,17 milhão.
Ao mesmo tempo, os alvarás de construção, considerados um indicador importante para o mercado imobiliário, aumentaram 1,5% para um ajuste sazonal de 1,153 milhão de unidades, ficando acima das projeções anteriores para um aumento para 1,15 milhão.
USD/JPY estava a caminho da alta de 24 de junho, dia em que a decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia (UE), conhecido como Brexit, foi revelada.
Neste contexto, o Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou suas previsões mundiais atualizadas nesta terça-feira, reduzindo a projeção para o crescimento da economia mundial em 2016 para 3,1%, da prévia de 3,2%, embora se espere uma recuperação para 3,4% em 2017.
O Reino Unido foi o mais impactado, com o FMI cortando sua projeção para 1,7% em relação aos 1,9% para este ano e cortando o crescimento de 2017 para 1,3% em relação à estimativa de 2,2% em abril devido ao Brexit.
A zona do euro não escapou ilesa, uma vez que que as expectativas de crescimento para 2017 foram reduzidas para 1,4% em relação ao anterior de 1,6%.
Em contraste, o FMI cortou a previsão dos EUA para 2,2%, de 2,4%, mas disse que o impacto do Brexit sobre a economia americana seria silenciado e explicou que a redução deveu-se à leitura do produto interno bruto do primeiro trimestre mais fraca do que a esperada.
Neste contexto, GBP/USD perdeu o nível de 1,32 nesta terça-feira e caiu 0,99%, para 1,3125, ao passo que EUR/USD voltou para o nível psicológico de 1,10.
O dólar também ficou mais forte em relação às moedas atreladas às commodities.
Os dólares australiano e neozelandês operaram em queda nesta terça-feira, uma vez que os investidores aumentaram as apostas de que ambos os bancos centrais poderiam flexibilizar a política monetária já no próximo mês.
A moeda australiana operou em baixas de mais de uma semana, ao passo que a moeda neozelandesa foi negociada em uma baixa de três semanas.
A moeda canadense também estava mostrando fraqueza uma vez que os preços do petróleo continuaram em queda, com USD/CAD subindo 0,64%, para 1,3025.