Investing.com - O dólar fechou em queda em relação às principais moedas na sexta-feira, uma vez que as perspectivas para um novo aumento das taxas de juros do Banco Central dos EUA (Fed) neste ano permaneceram fracas apesar de um relatório sobre empregos referente ao mês de junho muito mais forte do que o esperado.
O índice do dólar, que mede a força do dólar norte-americano em relação à cesta das seis principais moedas, ficou em 96,31 no final do pregão da sexta-feira, saindo das altas de 96,72, alcançadas logo após a divulgação de dados otimistas sobre o emprego.
O Departamento de Trabalho informou que a economia dos EUA gerou 284.000 vagas de emprego no mês passado, bem acima das expectativas dos economistas de 175.000.
A média salarial por hora subiu 2,6% em comparação com o ano anterior.
Mas o relatório também mostrou que a taxa de desemprego subiu 4,9% e os números das folhas de pagamento de maio foram revisados para baixo para 11.000 de 38.000 relatados anteriormente, o menor aumento mensal desde 2010.
A probabilidade de o forte relatório sobre emprego mudar os planos cautelosos do Fed para o aumento das taxas de juros foi vista como baixa.
No final do pregão, o dólar norte-americano caiu em relação ao iene, com USD/JPY recuando 0,19%, para 100,59, não muito longe das baixas de dois anos de 98,75 alcançadas após a votação inesperada do Brexit.
O dólar dos Estados Unidos também ficou mais fraco em relação ao dólar da Austrália e da Nova Zelândia, mas ficou em alta em relação ao dólar do Canadá.
AUD/USD avançou 1,18%, para 0,7571, NZD/USD subiu 1,09%, para 0,7307, ao passo que USD/CAD subiu 0,32%, para 1,3042 no final do pregão.
O euro caiu, com EUR/USD recuando 0,13%, para 1,1049.
O dólar norte-americano também apresentou alta em relação ao franco suíço, com USD/CHF em 0,9829 na sexta-feira.
A libra subiu em relação ao dólar após a divulgação de dados, com GBP/USD subindo 0,36%, para 1,2951.
Mas as perspectivas para a libra permaneceram no lado negativo antes de um anúncio da política monetária muito esperado do Banco de Inglaterra na quinta-feira.
O Banco do Canadá também deve fazer uma reunião de política monetária na próxima semana, sem nenhuma mudança na política monetária esperada.
Os mercados também aguardam os dados sobre o crescimento do segundo trimestre da China na sexta-feira, bem como os números sobre a inflação ao consumidor, vendas no varejo e a confiança do consumidor dos EUA no mesmo dia.
Antecipando-se à próxima semana, a Investing.com compilou uma lista desses e de outros eventos significativos que podem afetar os mercados.
Segunda-feira, 11 de julho
Os ministros das Finanças da zona euro devem fazer uma reunião em Bruxelas.
A presidente do Fed de Kansas, Esther George, deve se pronunciar em um evento em Missouri.
Terça-feira, 12 de julho
A Austrália deve publicar dados do setor privado sobre a confiança no ambiente de negócios.
No Reino Unido, o presidente do BoE, Mark Carney, e diversas autoridades políticas devem fazer pronunciamentos sobre a inflação e as perspectivas econômicas perante o Comitê do Tesouro do Parlamento.
O presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, deve se pronunciar em um evento em St. Louis.
Quarta-feira, 13 de julho
A China deve publicar dados oficiais sobre a balança comercial.
O Banco do Canadá deve anunciar sua taxa básica de juros e publicar sua declaração de taxa, que delineia as condições econômicas e os fatores que afetam a decisão de política monetária. Deve haver uma coletiva de imprensa após o anúncio da taxa.
Quinta-feira, 14 de julho
A Austrália deve publicar seu relatório de emprego mais recente.
O Banco da Inglaterra deve anunciar a decisão sobre política monetária e publicar a ata de sua reunião de política monetária.
Os EUA devem divulgar dados sobre os preços ao produtor e os novos pedidos de auxílio-desemprego.
Sexta-feira, 15 de julho
A China deve divulgar relatórios sobre o crescimento econômico e a produção industrial do segundo trimestre.
A zona do euro deve divulgar dados revisados sobre a inflação.
O presidente do Banco da Inglaterra, Mark Carney, deve se pronunciar em um evento em Toronto.
O Canadá deve publicar um relatório sobre vendas de manufaturados.
Os EUA devem resumir a semana com uma série de dados que incluem relatórios sobre a inflação do consumidor, as vendas no varejo, a atividade manufatureira na região de nova York, a produção industrial e o sentimento do consumidor.