Investing.com - O dólar operou em altas de um mês contra uma cesta de seus principais pares na sexta-feira, após relatórios mais fortes do que o esperado sobre as vendas no varejo e o sentimento do consumidor terem acalmado as preocupações dos investidores com a força da economia.
O índice do dólar, que avalia a força do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, subiu 0,52% para 94,6, o nível mais alto desde o final de abril.
O índice encerrou a semana com ganhos de 0,76%, o segundo ganho semanal consecutivo.
O Departamento de Comércio informou na sexta-feira que as vendas no varejo saltaram 1,3% em abril, em comparação com as expectativas para um aumento de 0,8%. Foi o maior aumento mensal desde março de 2015.
O dólar recebeu um impulso adicional após dados terem mostrado que o sentimento do consumidor norte-americano melhorou neste mês.
A leitura preliminar do índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan ficou em 95,8 em maio, em comparação com 89,0 em abril e bem acima das expectativas para uma leitura de 90,0. Foi a maior leitura desde junho de 2015.
Os dados otimistas ajudaram a aliviar alguns temores com as perspectivas para a economia norte-americana e reacenderam as expectativas de que o Banco Central dos EUA (Fed) poderia aumentar as taxas de juros mais cedo do que o previsto.
O dólar norte-americano atingiu altas de duas semanas em relação ao euro e à libra, com EUR/USD caindo 0,55%, para 1,1309, e com GBP/USD caindo 0,48%, para 1,4371.
Na zona euro, os dados na sexta-feira mostraram que o crescimento do primeiro trimestre foi revisado para baixo para 0,5%, de uma estimativa inicial de 0,6%.
O crescimento anual também diminuiu para 1,5%, dos 1,6% informados anteriormente.
A libra permaneceu sob pressão após o Fundo Monetário Internacional ter advertido na sexta-feira que a saída do Reino Unido da União Europeia poderia desencadear uma queda do mercado de ações e dos preços dos imóveis.
O dólar caiu contra o iene, com USD/JPY em queda de 0,35% para 108,61 na sexta-feira, ficando bem acima da baixa de 18 meses de 105,54 definida no início deste mês, após o Banco do Japão ter mantido a política monetária inalterada.
Nesta semana, os investidores estarão aguardando os dados de terça-feira sobre a inflação nos EUA e ata da reunião de abril do Fed em busca de pistas sobre os futuros aumentos de taxas de juros na quarta-feira.
Dados preliminares oriundos do Japão sobre o crescimento e os relatórios sobre emprego do Reino Unido e Austrália também estarão em foco.
Antecipando-se à próxima semana, a Investing.com compilou uma lista desses e de outros eventos significativos que podem afetar os mercados.
Segunda-feira, 16 de maio
A Bolsa de Valores de Frankfurt permanecerá fechada para o feriado de Segunda-feira de Pentecostes.
Os EUA devem divulgar dados sobre a atividade manufatureira na região de Nova York.
Terça-feira, 17 de maio
O Banco Central da Austrália (RBA) deve publicar a ata da sua última reunião de política monetária, para dar aos investidores uma visão sobre como as autoridades veem a economia e as suas opções políticas.
A Nova Zelândia deve divulgar dados sobre as expectativas de inflação.
A Suíça deve publicar dados oficiais sobre os preços ao produtor.
O Reino Unido deve produzir um relatório sobre a inflação ao consumidor.
O Canadá deve publicar um relatório sobre as vendas de manufaturados.
Os EUA também devem divulgar uma série de dados, incluindo números sobre os preços ao consumidor, alvarás de construção, construção de imóveis novos e produção industrial.
Quarta-feira, 18 de maio
A Nova Zelândia deve divulgar dados sobre o índice de preços ao produtor.
O Japão deve produzir dados preliminares sobre o crescimento econômico no primeiro trimestre.
O Reino Unido deve publicar seu relatório mensal de emprego.
A zona do euro deve divulgar dados revisados sobre a inflação ao consumidor.
O Banco Central dos EUA (Fed) publicar a ata de sua reunião de abril.
Quinta-feira, 19 de maio
A Austrália deve publicar seu relatório mensal de emprego.
O Reino Unido deve divulgar dados oficiais sobre as vendas no varejo.
O Banco Central Europeu (BCE) deve publicar a ata da reunião de abril.
O Canadá deve divulgar um relatório sobre as vendas por atacado.
Os EUA devem divulgar relatórios sobre os pedidos novos de seguro-desemprego e a atividade industrial na região da Filadélfia.
Sexta-feira, 20 de maio
Tóquio sediará a reunião do G7.
O Canadá deve divulgar dados sobre as vendas no varejo e preços ao consumidor.
Os EUA devem resumir a semana com dados da indústria sobre as vendas de imóveis residenciais usados.