Investing.com - O dólar operou em baixas de oito meses contra a cesta de seus principais pares na sexta-feira, uma vez que o iene continuou acumulando os fortes ganhos do início da semana, após reuniões dos bancos centrais dos EUA e do Japão.
O índice do dólar, que avalia a força do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, caiu 0,76% para 93,02 na sexta-feira, o nível mais fraco desde agosto de 2015. O índice encerrou a semana em queda de 2,14%.
O dólar ficou mais fraco em todo o painel após o Banco Central dos EUA (Fed) ter mantido as taxas de juros inalteradas na quarta-feira e indicado que qualquer aumento de juros no futuro dependeria de dados.
Dados na quinta-feira mostraram que a economia dos EUA cresceu pelo ritmo mais lento em dois anos no primeiro trimestre, com o produto interno bruto aumentando apenas 0,5% em comparação com um ano anterior.
Outro relatório na sexta-feira mostrou que tanto os gastos pessoais e o índice de preços de gastos pessoais, medida de inflação preferida do Fed, subiram 0,1% em março.
O iene continuou subindo após o Banco do Japão ter evitado novas medidas de flexibilização de política na conclusão de sua reunião na quinta-feira, desafiando as expectativas do mercado para mais estímulos.
USD/JPY caiu 1,54%, para 106,45 na sexta-feira, o nível mais fraco desde outubro de 2014. O par encerrou a semana em baixa de 4,49%, o pior desempenho semanal desde a crise financeira global de 2008.
O iene também subiu em relação ao euro, com EUR/JPY recuando 0,73%, para 121,94. O par encerrou a sessão anterior em queda de 2,73%.
O euro atingiu altas de três semanas contra o dólar, com EUR/USD avançando 0,9%, para 1,1453.
A moeda única foi impulsionada após dados de sexta-feira terem mostrado que a economia do bloco cresceu no ritmo mais rápido em cinco anos no primeiro trimestre, com o PIB subindo 0,6% , bem acima das expectativas de crescimento de 0,4%.
A economia da zona do euro marcou o crescimento anual de 1,6%.
Mas um relatório separado mostrou que a região voltou para a deflação em abril, com os preços ao consumidor caindo de 0,2% em comparação com o ano anterior.
Em outros lugares, a libra esterlina tocou altas de 12 semanas contra o dólar, com GBP/USD atingindo 1,4670, o nível mais forte desde o início de fevereiro e ficou em 1,4602, encerrando a semana com ganhos de 1,09%.
A demanda para a libra ficou apoiada uma vez que as preocupações com a saída da Grã-Bretanha da União Europeia no referendo do dia 23 de junho diminuíram.
Nesta semana, os investidores estarão aguardando o relatório de emprego de sexta-feira referente ao mês de abril, com foco principal nas alterações salariais. Os investidores também estarão aguardando os relatórios sobre a atividade do setor de fabricação e serviços dos EUA, China e Reino Unido.
Antecipando-se à próxima semana, a Investing.com compilou uma lista desses e de outros eventos significativos que podem afetar os mercados.
Segunda-feira, 2 de maio
Os mercados financeiros da China estarão fechados em virtude de um feriado nacional.
Os mercados no Reino Unido também estarão fechado em virtude de um feriado.
O presidente do BCE, Mario Draghi, deve falar em um evento em Frankfurt.
Nos EUA, o Institute for Supply Management (ISM) deve divulgar seu índice industrial mensal.
Terça-feira, 3 de maio
Os mercados no Japão estarão fechados em virtude de um feriado.
O Banco Central da Austrália deve anunciar sua taxa básica de juros e publicar sua declaração de taxa, que delineia as condições econômicas e os fatores que afetam a decisão de política monetária.
A Austrália também deve divulgar dados oficiais sobre os alvarás de construção.
A China deve publicar seu índice industrial Caixin.
O Reino Unido deve publicar seu índice de atividade industrial.
O presidente do Banco do Canadá (BoC), Stephen Poloz deve se pronunciar em um evento em Los Angeles.
Quarta-feira, 4 de maio
A Nova Zelândia deve divulgar seu relatório de emprego trimestral.
Os mercados no Japão devem permanecer fechados em virtude de um feriado nacional.
O Reino Unido também deve divulgar um relatório sobre a atividade no setor de construção.
Os EUA devem divulgar o relatório ADP sobre a criação de emprego do setor privado, o relatório ISM sobre a atividade do setor de serviços e dados sobre os pedidos às fábricas.
Os Estados Unidos e o Canadá devem divulgar dados sobre o comércio.
Quinta-feira, 5 de maio
Os mercados no Japão devem permanecer fechados em virtude de um feriado nacional.
A Austrália deve divulgar relatórios sobre as vendas no varejo e a balança comercial.
A China deve publicar o relatório Caixin sobre a atividade do setor de serviços.
O Reino Unido também deve divulgar um relatório sobre a atividade no setor de serviços.
Os EUA devem divulgar dados sobre os alvarás de construção e o relatório semanal sobre pedidos de seguro-desemprego.
Sexta-feira, 6 de maio
O Banco Central da Austrália (RBA) deve publicar sua declaração de política monetária, que fornece uma visão sobre as condições econômicas e de inflação do banco.
O Banco Nacional Suíço (SNB) deve publicar dados sobre as reservas em moeda estrangeira.
O Canadá deve produzir seu relatório mensal de emprego.
Os EUA devem resumir a semana com dados atentamente observados sobre o indicador NFP (nonfarm payrolls).