Investing.com – O dólar caiu mais de 1% em relação ao euro e ao iene na sexta-feira, uma vez que dados industriais fracos oriundos da China somaram-se às preocupações com a desaceleração do crescimento mundial e somaram-se às dúvidas de que o Banco Central dos EUA (Fed) pode prorrogar o aumento das taxas de juros.
Dados divulgados na sexta-feira mostraram que a atividade industrial na China contraiu no ritmo mais rápido em seis anos e meio em agosto, exacerbando temores com uma desaceleração na segunda maior economia do mundo.
A leitura preliminar do índice de gerentes de compra (PMI) Caixin para o setor de manufatura da China ficou em 47,1, abaixo de uma leitura final de 50,0 registrada em julho.
Foi o nível mais fraco desde março de 2009 e bem abaixo do nível de 50 que separa expansão de contração.
Os dados fracos evidenciaram os temores relacionados com as perspectivas de crescimento global e foram somados às dúvidas de que se o banco central dos EUA vai aumentar as taxas de juros no próximo mês.
Os mercados financeiros estão agitados desde que a China desvalorizou o yuan em 11 de agosto, o que provocou uma onda de vendas nas ações, commodities e ativos de mercados emergentes.
EUR/USD subiu 1,28%, para 1,1383 no final do pregão, e o par encerrou a semana com ganhos de 2,55%, o desempenho semanal mais forte desde final de abril.
A moeda única recebeu um impulso adicional após dados terem mostrado que o crescimento do setor privado da zona do euro acelerou inesperadamente neste mês uma vez que os novos pedidos aumentaram.
Em uma leitura preliminar do índice preliminar (PMI) de gerentes de compra da zona do euro, que avalia ambos os setores de manufatura e serviços, subiu para 54,1 neste mês, de uma leitura final de 53,9 em julho. Os economistas esperavam que o índice caísse para 53,8.
USD/JPY caiu 1,12%, para 122,03 na sexta-feira, a maior queda diária em seis semanas.
O índice do dólar, que acompanha o desempenho do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais rivais caiu 0,97%, para uma baixa de cinco semanas de 94,84.
Nos últimos meses, o dólar foi impulsionado por expectativas de que uma melhora na economia dos Estados Unidos levaria o Fed a aumentar os custos dos empréstimos em setembro.
Mas a crescente incerteza com as perspectivas de crescimento mundial e as perspectivas de inflação moderada nos EUA têm visto os investidores diminuir as expectativas para um aumento das taxas em dezembro.
Nesta semana, os investidores estarão aguardando os dados de quarta-feira em os pedidos de bens duráveis dos EUA para uma releitura sobre a força da economia. Um discurso na segunda-feira feito pelo presidente do Fed de Atlanta, Dennis Lockhart, também será observado de perto.
Dados revisados, tanto dos EUA como do Reino Unido, sobre o crescimento no segundo trimestre também estarão em foco.
Antecipando-se à próxima semana, a Investing.com compilou uma lista desses e de outros eventos significativos que podem afetar os mercados.
Segunda-feira, 24 de agosto
O presidente do Banco Central dos EUA (Fed), Dennis Lockhart, deve discursar; seus comentários serão atentamente observados.
Terça-feira, 25 de agosto
A Nova Zelândia deve divulgar dados sobre as expectativas de inflação.
A Suíça deve publicar dados sobre o nível de emprego.
Na zona euro, o Instituto Ifo deve publicar um relatório sobre o clima no ambiente de negócios alemão.
Os EUA devem divulgar dados do setor privado sobre a confiança do consumidor e um relatório sobre as vendas de imóveis residenciais novos.
Quarta-feira, 26 de agosto
A Nova Zelândia deve divulgar dados sobre a balança comercial.
O presidente do Banco Central da Austrália, Glenn Stevens, deve fazer um pronunciamento em um evento em Sydney.
No final do dia, os EUA devem divulgar dados oficiais sobre os pedidos de bens duráveis.
Quinta-feira, 27 de agosto
A Austrália deve publicar um relatório sobre os gastos de capital privado.
Os EUA devem divulgar dados revisados sobre o crescimento econômico do segundo trimestre, além de um relatório semanal sobre os novos pedidos novos de seguro-desemprego e sobre as vendas de imóveis residenciais usados.
Sexta-feira, 28 de agosto
O Japão deve publicar números sobre as despesas domésticas, a inflação e as vendas no varejo.
Na zona do euro, a Alemanha e a Espanha devem publicar dados preliminares sobre o índice de preços ao consumidor.
O Reino Unido deve divulgar dados revisados sobre o crescimento econômico do segundo trimestre.
Os EUA devem resumir a semana com dados sobre a balança comercial, gastos pessoais e dados revisados sobre o sentimento do consumidor.