Moedas - Projeção semanal: 27 de junho a 1 de julho

Publicado 26.06.2016, 08:52
© Reuters.  A libra sofre a maior onda de liquidação diária dos últimos anos após a votação Brexit
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Investing.com - A libra operou em queda na sexta-feira, registrando sua maior onda de liquidação diária dos últimos anos, ao passo que o dólar e o iene subiram uma vez que a votação inesperada para a saída do Reino Unido da União Europeia reverberou em mercados mundiais.

Na quinta-feira, o resultado da votação no Reino Unido ficou em quase 52% a favor da saída do maior bloco comercial do mundo - contra 48% de votos a favor da permanência.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, que apoiou a fracassada campanha para a permanência, renunciou após o anúncio do resultado final do referendo.

A libra esterlina caiu em meio a temores de que a decisão pode afetar o investimento na economia do Reino Unido, ameaçar o papel de Londres como capital financeira mundial e estimular meses de incerteza política.

A votação pode também levar a uma dissolução do Reino Unido, com a alta probabilidade de que a Escócia realize um segundo referendo de independência.

A agência de classificação Moody's alertou na sexta-feira que poderá reduzir a classificação do crédito do Reino Unido, uma vez que ela diminuiu a perspectiva de "estável" para "negativo" após o país ter votado a favor de deixar a UE.

Moody's disse que o resultado vai anunciar "um período prolongado de incerteza".

A agência de classificação rival Standard & Poor's, a única de três principais agências de classificação que ainda mantém a classificação AAA para a Grã-Bretanha, disse na sexta-feira que a votação Brexit significou que a classificação AAA não é mais sustentável.

GBP/USD ficou em 1,3616 na sexta-feira, uma queda de 8% no dia, recuando para 1,3228 no início do dia, seu nível mais fraco desde os meados de 1985. Foi o pior dia para a libra desde a desvalorização da moeda em 1967.

A libra encontrou algum apoio após o Banco da Inglaterra ter anunciado de que estava pronto para fornecer £ 250 bilhões para auxiliar no andamento do mercado, declarando de que tomará "todos os passos necessários" para garantir a estabilidade financeira e monetária.

O presidente do Banco da Inglaterra (BoE), Mark Carney, disse que o BoE consideraria tomar respostas políticas adicionais durante as próximas semanas.

Os bancos centrais do grupo G7 também disseram em uma declaração conjunta que estão preparados a fornecer liquidez adicional aos mercados, conforme necessário.

O euro caiu 2,3% contra o dólar na sexta-feira, com o EUR/USD a 1,1120 na sexta-feira.

O franco suíço recuou de uma alta de quase um ano contra a moeda única após o Swiss National Bank (SNB) ter dito que intervieram no mercado cambial para conter os ganhos do franco tradicionalmente estável.

O iene operou em alta contra o dólar, com USD/JPY atingindo baixas de 99,03, vistas pela última vez em novembro de 2013, antes de sair das baixas para 102,22 no final do pregão.

Nesta semana, os investidores continuarão a digerir as consequências da votação Brexit.

A presidente do Banco Central dos EUA (Fed), Janet Yellen, deve pronunciar-se em uma conferência do banco central BCE em Portugal na quarta-feira, com investidores aguardando indicações sobre como Brexit alterará as perspectivas para a economia dos Estados Unidos e o aumento das taxas de juros.

Na terça-feira, os EUA também devem divulgar estimativas revisadas sobre o crescimento no primeiro trimestre.

Antecipando-se à próxima semana, a Investing.com compilou uma lista desses e de outros eventos significativos que podem afetar os mercados.

Segunda-feira, 27 de junho

A Nova Zelândia deve divulgar dados sobre a balança comercial.

Terça-feira, 28 de junho

Os EUA devem divulgar dados finais sobre o crescimento do primeiro trimestre e um relatório do setor privado sobre a confiança do consumidor.

Quarta-feira, 29 de junho

O Japão deve divulgar dados sobre as vendas no varejo.

Na zona do euro, a Alemanha e a Espanha devem divulgar estimativas preliminares sobre a inflação ao consumidor.

O Reino Unido deve publicar dados sobre o financiamento líquido a pessoas físicas.

Os EUA devem divulgar relatórios sobre a renda e os gastos pessoais e vendas de imóveis pendentes.

A presidente do Fed, Janet Yellen, e outros presidentes de bancos centrais devem participar da conferência do banco central BCE em Portugal.

Quinta-feira, 30 de junho

A Alemanha deve publicar um relatório sobre a variação do desemprego.

O Reino Unido deve divulgar dados sobre as transações correntes.

A área do euro deve apresentar sua estimativa preliminar de inflação para junho.

O BCE deve publicar a ata da sua última reunião.

O Canadá deve divulgar o relatório sobre o crescimento mensal do PIB.

Os EUA devem publicar dados sobre pedidos de seguro-desemprego.

Sexta-feira, 1 de julho

O Japão deve apresentar dados sobre os gastos domésticos, a inflação e a atividade do setor industrial e de serviços.

A China deve publicar dados oficiais sobre a atividade do setor industrial e de serviços, assim como o índice industrial Caixin.

O Reino Unido deve divulgar dados sobre a atividade industrial.

O Instituto de Gestão de Abastecimento (ISM) deve divulgar a atividade industrial nos EUA.


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