Investing.com - O dólar norte-americano ficou mais forte em relação à cesta das principais moedas mundiais na sexta-feira, após relatórios econômicos em grande parte positivos nos EUA terem alimentado a especulação de que o Banco Central dos EUA (Fed) pode aumentar as taxas de juros novamente neste ano.
O índice do dólar, que avalia a força do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, subiu 0,71% para uma alta de três semanas de 98,13. O índice encerrou a semana com ganhos de 1,63%, seu melhor desempenho semanal desde novembro.
Os dados divulgados na sexta-feira mostraram que, embora a economia norte-americana tenha desacelerado no quarto trimestre, o ritmo da desaceleração não estava tão forte como inicialmente estimado.
O Departamento do Comércio informou que o produto interno bruto (PIB) dos EUA cresceu em uma taxa anual de 1,0% no trimestre encerrado em dezembro, acima de uma estimativa inicial para um crescimento de 0,7%. Os economistas esperavam que o crescimento do PIB do quarto trimestre fosse revisado para baixo para 0,4%.
Relatórios separados, mostrando que os gastos do consumidor e a inflação subiram em janeiro, somaram-se à visão de que a recuperação dos EUA está no caminho certo.
O dólar norte-americano atingiu altas de três semanas em relação ao euro, com EUR/USD recuando 0,78%, para 1,0931 no final do pregão. O par encerrou a semana em baixa de 1,71%.
O dólar norte-americano atingiu altas de uma semana em relação ao iene, com USD/JPY avançando 0,9%, para 114,00.
O dólar ainda está em queda de mais de 5% em relação ao iene até agora neste ano, com a demanda para a segurança da moeda japonesa impulsionada por temores relacionados com as perspectivas para o crescimento mundial e fortes quedas nos mercados de ações e do petróleo.
O dólar norte-americano também subiu em relação ao franco suíço, com USD/CHF avançando 0,66%, para 0,9966.
A libra esterlina atingiu novas baixas de sete anos, com GBP/USD caindo 0,61%, 1,3877, o nível mais fraco desde março de 2009.
A libra permaneceu sob forte pressão de venda em meio à incerteza relacionada com o futuro do Reino Unido na União Europeia. Um referendo deve ser realizado no dia 23 de junho na Grã-Bretanha para decidir sobre a permanência no bloco.
Nesta semana, os investidores estarão aguardando o relatório de sexta-feira do indicador NFP (nonfarm payrolls) dos EUA em busca de novas indicações sobre a força do mercado de trabalho.
Os investidores também vão se concentrar em pesquisas sobre a atividade do setor de manufatura e serviços, tanto nos EUA como na China, ao passo que os dados sobre a inflação da zona do euro na segunda-feira também serão observado de perto antes da reunião de política do Banco Central Europeu do próximo mês.
Antecipando-se à próxima semana, a Investing.com compilou uma lista desses e de outros eventos significativos que podem afetar os mercados.
Segunda-feira, 29 de fevereiro
O Japão deve divulgar dados sobre as vendas no varejo.
A zona do euro deve publicar dados preliminares sobre o índice de preços ao consumidor e a Alemanha deve divulgar um relatório sobre as vendas no varejo.
O Reino Unido deve produzir dados oficiais sobre empréstimos líquidos privados.
O Canadá deve divulgar dados sobre as transações correntes e inflação aos preços de matérias-primas.
Os EUA devem publicar dados sobre a atividade empresarial na região de Chicago e as vendas de imóveis usados.
Terça-feira, 1 de março
A Austrália deve divulgar dados oficiais sobre os alvarás de construção e as transações correntes.
O Banco Central da Austrália deve anunciar sua taxa básica de juros e publicar sua declaração de taxa, que delineia as condições econômicas e os fatores que afetam a decisão de política monetária.
A China deve publicar seus PMIs oficiais sobre manufaturados e não manufaturados e o índice Caixin para o setor de manufatura.
A zona do euro deve divulgar a taxa de desemprego e Alemanha deve divulgar dados sobre a variação na quantidade de pessoas empregadas.
O Reino Unido deve divulgar suas conclusões sobre o PMI para o setor de manufatura.
O Canadá deve publicar seu relatório mensal sobre o PIB.
Nos EUA, o Institute of Supply Management (ISM) deve divulgar um relatório sobre a atividade industrial.
Quarta-feira, 2 de março
A Austrália deve divulgar dados sobre o crescimento do quarto trimestre.
A Espanha deve divulgar dados sobre a mudança na quantidade de pessoas desempregadas.
O Reino Unido deve publicar seu PMI de construção.
Os EUA devem publicar o relatório ADP sobre a geração de empregos no setor privado.
Quinta-feira, 3 de março
A Austrália deve publicar um relatório sobre a balança comercial.
A China deve publicar seu índice Caixin sobre não manufaturados.
O Reino Unido deve publicar seu PMI de serviços.
Os EUA devem divulgar relatório semanal sobre os pedidos novos de seguro-desemprego, assim como dados sobre os pedidos às fábricas e o índice do ISM sobre não manufaturados.
Sexta-feira, 4 de março
A Austrália deve divulgar dados sobre as vendas no varejo.
Os EUA e o Canadá devem publicar dados sobre o comércio e os EUA devem resumir a semana com o relatório atentamente observado sobre o indicador NFP (nonfarm payrolls).