Investing.com - O dólar norte-americano caiu em relação às principais moedas mundiais na sexta-feira, após dados terem indicado que o crescimento fraco nos salários nos EUA moderou as expectativas de um aumento na taxa de juros do país nos próximos meses.
O Ministério do Trabalho dos EUA informou que o índice de custo de emprego nos EUA, uma medida dos salários e benefícios dos trabalhadores, subiu apenas 0,2% no segundo trimestre. Foi o menor aumento trimestral desde que os registros começaram em 1982 e ficou bem abaixo das expectativas dos economistas de um aumento de 0,6%.
Os dados inesperadamente mais fracos fizeram os investidores reduzir as expectativas sobre quando haverá uma redução inicial na taxa de juros no curto prazo.
O euro recuperou-se após os dados, com EUR/USD subindo 1,0984 no final do pregão, avançando 0,47% no dia. No mês, o par perdeu 1,17%.
O dólar norte-americano também caiu em relação ao iene, com USD/JPY recuando 0,23%, para 123,84 na sexta-feira, saindo dos 124,57 atingidos na quinta-feira, altas de sete semanas, e reduzindo os ganhos mensais para 0,85%.
O índice do dólar, que mede a força do dólar norte-americano em relação à cesta das seis principais moedas, ficou em 0,30%, a 97,32 na sexta-feira, após cair até 96,38. O índice ainda encerrou o mês com ganhos de 1,86%.
O dólar ganhou força no início da semana após o Banco Central dos EUA ter indicado que a taxa de juros pode subir nos próximos meses, possivelmente em setembro, e após dados terem mostrado que o crescimento econômico norte-americano acelerou no segundo trimestre.
O Departamento do Comércio dos EUA disse na quinta-feira que a economia norte-americana expandiu a uma taxa anual de 2,3% nos três meses até junho. O crescimento no primeiro trimestre foi revisto para uma alta de 0,6% em relação a uma contração previamente prevista de 0,2%.
Enquanto, isso o dólar norte-americano caiu em relação à libra esterlina e ao franco suíço, com GBP/USD subindo 0,17%, para 1,5627, e USD/CHF caindo 0,23%, para 0,9670.
O dólar australiano subiu em relação ao dólar norte-americano, com AUD/USD avançando 0,21%, para 0,7308, reduzindo as perdas do mês para 2,69%.
A volatilidade no mercado acionário chinês pressionou o dólar australiano para baixas de seis anos no mês passado, por causa do forte relacionamento em negociações que a Austrália tem com a China.
Nesta semana, os investidores voltarão a atenção para o relatório mais recente sobre o emprego nos EUA, que pode reforçar as expectativas de aumento nas taxas de juros.
Os participantes do mercado também estarão aguardando relatórios sobre o setor de serviços e de manufatura nos EUA, Reino Unido e China.
Antecipando-se à próxima semana, a Investing.com compilou uma lista desses e de outros eventos significativos que podem afetar os mercados.
Segunda-feira, 3 de agosto
A China deve divulgar dados revistos sobre a atividade manufatureira.
O Reino Unido deve publicar seu índice de manufatura.
Os mercados no Canadá permanecerão fechados em virtude de um feriado nacional.
Os EUA devem divulgar dados sobre a renda e os gastos pessoais dos consumidores.
Nos EUA, o Institute of Supply Management (ISM) deve divulgar dados sobre a atividade manufatureira no país.
Terça-feira, 4 de agosto
O Banco da Reserva da Austrália deve anunciar sua taxa básica de juros e publicar sua declaração de taxa, que delineia as condições econômicas e os fatores que afetam a decisão de política monetária.
A Austrália também deve divulgar dados sobre as vendas no varejo e sobre a balança comercial.
O Reino Unido deve divulgar seu índice de construção.
Os EUA devem publicar dados sobre os pedidos às fábricas.
Quarta-feira, 5 de agosto
A Nova Zelândia deve divulgar seu relatório trimestral de emprego.
A China deve divulgar um relatório sobre a atividade no setor de serviços.
O Reino Unido deve divulgar o atentamente observado relatório sobre a atividade do setor de serviços.
Os EUA devem divulgar o relatório ADP sobre a contratação no setor privado.
EUA e Canadá devem publicar dados sobre a balança comercial.
Na tarde de quarta-feira, o ISM deve divulgar um relatório sobre a atividade do setor de serviços.
Quinta-feira, 6 de agosto
A Austrália deve publicar seu relatório de emprego mais recente.
A Alemanha deve divulgar dados sobre os pedidos às fábricas.
A Suiça deve produzir dados sobre o índice de preços ao consumidor.
O Reino Unido deve publicar um relatório sobre a produção industrial. Ainda na quinta-feira, o Banco da Inglaterra deve anunciar sua taxa básica de juros e publicar seu relatório de inflação trimestral. O presidente do banco, Mark Carney, deve participar de uma coletiva de imprensa para discutir o relatório.
Sexta-feira, 7 de agosto
O Banco da Reserva da Austrália deve publicar sua declaração de política monetária.
O Banco do Japão deve anunciar sua taxa básica de juros e divulgar a declaração da taxa. Haverá uma atentamente observada coletiva de imprensa após o anúncio da taxa.
O Banco Nacional Suíço (SNB) deve publicar dados sobre as reservas em moeda estrangeira. Esses dados serão atentamente analisados em busca de indicações do tamanho das operações do banco no mercado de câmbio.
O Canadá deve divulgar dados sobre os alvarás de construção e o relatório sobre o emprego no país.
Os EUA devem resumir a semana com dados do governo atentamente observados sobre o indicador NFP (nonfarm payrolls).