O dólar recuou ante boa parte dos rivais nesta segunda-feira, 13, em compasso de espera pela divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de janeiro nos Estados Unidos, marcada para amanhã. Contudo, a divisa americana avançou sobre o iene, frente a relatos sobre a nomeação do novo presidente do Banco do Japão (BoJ).
No fim da tarde em Nova York, o dólar avançava a 132,36 ienes, o euro subia a US$ 1,0724 e a libra tinha alta a US$ 1,2137. O índice DXY - que mede a moeda americana ante seis rivais fortes, fechou em queda de 0,28%, a 103,345 pontos.
Em pesquisa divulgada nesta tarde, o Federal Reserve (Fed) de Nova York informou que as expectativas de inflação nos EUA permaneceram, no geral, estáveis em janeiro. A pesquisa contribuiu para o clima benigno observado nos mercados internacionais, que favoreceu boa parte das divisas rivais ao dólar.
Apesar disso, o ING espera que a moeda americana se recupere em breve, com o índice DXY possivelmente de volta ao nível de 105 pontos. "O relatório da CPI amanhã pode ajudar a construir expectativas sobre uma alta de juros pelo Federal Reserve em maio, dando suporte ao dólar", avalia.
Já a libra deve se desvalorizar ao longo do ano, indica o Rabobank. Em relatório a clientes, o banco reforçou sua projeção de que o euro avance a 0,90 libras até o segundo semestre e percebe espaço para que a moeda britânica tenha queda abaixo de US$ 1,20. "A economia do Reino Unido é a única até o momento que não se recuperou aos níveis pré-pandemia. Além do crescimento fraco, está lidando com alta inflação, baixa produtividade, crescimento fraco de investimentos e comércio repleto de atritos pós-Brexit", destaca o Rabobank.
Já em relação ao iene, o dólar avançou nesta sessão após relatos sobre o próximo presidente do BoJ, Kazuo Ueda, indicarem posicionamento menos dovish que o do atual líder da autoridade monetária, Haruhiko Kuroda.