O euro registrou alta, após a compra do Credit Suisse (SIX:CSGN) pelo UBS no fim de semana, e com investidores atentos também a declarações da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, mesmo que ela não tenha dado garantias de mais aperto monetário. Além disso, a segurança do iene foi demandada, e com isso o dólar ficou sob pressão, no início de semana que terá decisões de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e também pelo Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês).
No fim da tarde desta segunda, 20, em Nova York, o dólar caía a 131,47 ienes, o euro subia a US$ 1,0721 e a libra tinha alta a US$ 1,2275. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou queda de 0,41%, a 103,281 pontos.
A compra do Credit Suisse pelo UBS era avaliada nesta segunda-feira, após o anúncio do negócio no domingo. Também ontem, o Fed, o BCE, o BoE e outros grandes bancos centrais globais anunciaram um reforço em linhas de swap cambial, a fim de apoiar a liquidez e evitar mais turbulências. Também integrante da iniciativa, o BC da Suíça (SNB, na sigla em inglês) esteve diretamente envolvido na transação entre os dois grandes bancos do país, dando a eles mais garantias para evitar novas turbulências.
O ABN Amro considerava nesta segunda-feira que o quadro entre investidores parecia ter acalmado, ao menos por ora, mas também esperava volatilidade nas próximas semanas.
No câmbio, o dia foi de ganhos para o euro. A presidente do BCE, porém, não se comprometeu com mais altas de juros, diante de incertezas do quadro atual, acrescentando que tudo dependerá dos indicadores. Lagarde ainda disse que os impactos das tensões recentes no sistema financeiro ainda serão vistos, e reforçou a disposição em agir caso necessário para preservar a estabilidade de preços e financeira.
O BBH, por sua vez, destacava que a libra se sustentava com ganhos, acima da marca de US$ 1,22. Além disso, apesar do alívio em alguns mercados, a segurança do iene continuava a ser demandada por investidores. Nesse contexto, o dólar caiu, mesmo que a maioria no mercado ainda espere uma alta de 25 pontos-base nos juros pelo Fed nesta quarta-feira. O Goldman Sachs (NYSE:GS), porém, afirmou mais cedo que o quadro atual de turbulências recentes nos mercados deve fazer o BC americano manter os juros básicos agora, com alguns bancos regionais nos EUA também no foco recente.