Roma, 20 nov (EFE).- A deputada italiana Alessandra Mussolini,
neta do ditador Benito Mussolini, denunciou hoje à Polícia do país a
venda pela internet do suposto sangue e restos do cérebro obtidos
após a autópsia de seu avô, cujo corpo foi pendurado em praça
pública após ser fuzilado em 1945.
Em comunicado de imprensa divulgado hoje, o gabinete de imprensa
de Alessandra, do governista Povo da Liberdade (PDL), informa que a
neta do ditador italiano apresentou na manhã de hoje a denúncia
assim que soube desta possível venda por meio do site de leilões
on-line "eBay".
Segundo a nota, a venda dos supostos restos está ilustrada com
fotografias de fragmentos de cérebro e sangue de Benito Mussolini.
De acordo com a neta do ditador, o material posto à venda no
"eBay" é parte dos restos conservados pela Policlínica de Milão após
a autópsia realizada no dia seguinte à exposição pública do cadáver.
"É uma coisa muito grave. São coisas das quais é preciso se
defender", comenta Alessandra, em declarações veiculadas hoje na
imprensa italiana.
Fontes da Policlínica de Milão se apressaram em desmentir que
haja no local algum tipo de restos de Mussolini e que, portanto, é
impossível que as amostras de sangue e cérebro da autópsia realizada
ali sejam postas à venda no "eBay".
Segundo as mesmas fontes, "o corpo de Benito Mussolini foi levado
ao Policlínico para a autópsia, mas os restos biológicos foram
destruídos nos dois anos seguintes". EFE