Cannes (France), 4 nov (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta sexta-feira que a cúpula do G20 realizada em Cannes conseguiu encaminhar "avanços" para que os países possam enfrentar a crise de dívida da zona do euro.
Em entrevista coletiva após o encerramento da cúpula, Obama citou entre esses progressos a decisão da Itália de convidar o FMI para supervisionar seu processo de reformas, indicar o caminho para o fim da turbulência financeira na Grécia e identificar ferramentas para "apoiar" o plano de resgate europeu.
O presidente americano disse que a União Europeia "firmou uma base sobre a qual continuar" o trabalho contra a crise: uma barreira para proteger do contágio as economias mais frágeis, capitalização dos bancos, um caminho sustentável para a Grécia e mudanças estruturais.
Segundo Obama, a comunidade internacional está decidida a apoiar a Europa em sua luta contra a crise, pois se a economia da UE não crescer, prejudicará a economia global.
O presidente americano afirmou que o plano de resgate envia um "firme sinal" de que o projeto europeu "está vivo e bem", e de que os países mantêm seu compromisso com a divisa comum, o euro.
"Se essa mensagem for enviada, a crise é evitada, pois parte desta crise é psicológica. A Itália é um país com enormes ativos, manteve dívida há muito tempo, mas atualmente os mercados estão nervosos. O convite ao FMI é um exemplo de medida para criar confiança do tipo que precisamos", explicou o presidente de EUA.
As maiores economias mundiais firmaram besta sexta um Plano de Ação para combater a crise europeia e promover também o crescimento e a geração de empregos em todo o mundo.
Neste sentido, Obama louvou pontos como a inclinação chinesa a permitir uma maior flexibilidade da taxa de câmbio de sua moeda, o iuane, o que o governante considerou como um "passo crucial para estimular o crescimento". EFE