(embargada até as 7h deste sábado)
Washington, 18 set (EFE).- O presidente dos Estados Unidos,
Barack Obama, exigiu hoje da oposição republicana que permita a
aprovação da reforma do sistema de financiamento eleitoral bloqueada
no Congresso.
Em seu pronunciamento semanal, o presidente americano lembrou que
o projeto de reforma, patrocinado pelos democratas, foi colocado
depois que a Corte Suprema adotou uma sentença que permite
considerar as entidades como pessoas jurídicas em algumas eleições.
Essa decisão abre a porta para que as empresas ou os grupos de
pressão possam financiar sem limites, ou sem necessidade de
revelá-lo publicamente, a produção de anúncios em campanhas de
propaganda eleitoral.
"Tentamos regulá-lo com uma nova lei, que simplesmente exija que
se diga quem é o anunciante e quem paga o anúncio, de modo que os
eleitores possam decidir com conhecimento de causa acerca das
intenções do aviso", disse Obama.
"É algo de bom senso. De fato, é algo no que republicanos e
democratas estivemos de acordo durante décadas. E, no entanto, os
líderes republicanos no Congresso disseram 'não' até o momento",
disse o presidente.
De acordo com Obama, a oposição "espera que sua defesa dos
interesses especiais e da situação atual se veja recompensada com
uma avalanche de propaganda negativa contra seus oponentes".
Qualquer medida que se adote, reconheceu o governante, chegará
tarde demais para evitar que a situação atual seja aplicada no
pleito legislativo do próximo dia 2 de novembro.
Obama pediu aos cidadãos para se assegurarem que a onda de
anúncios negativos "não apague as vozes de vocês".
"Não importa quantos anúncios sejam emitidos, quantas eleições
tentam comprar, o poder de determinar o futuro deste país não está
nas mãos deles, está nas de vocês", acrescentou.
"O que está em jogo não são só algumas eleições. É nossa própria
democracia", concluiu o presidente. EFE