La Paz, 13 out (EFE).- Os países-membros da Aliança Bolivariana
para as Américas (Alba) preveem implementar a moeda comum chamada
"Sucre" para suas operações de comércio exterior a partir de 2010,
disse hoje o vice-ministro de Comércio Interno e Exportações
boliviano, Huáscar Ajata.
Em entrevista coletiva, Ajata falou que o tema fundamental do
conselho de ministros da área econômica da Alba nesta sexta-feira em
Cochabamba, na Bolívia, será a aprovação do tratado constitutivo do
Sistema Único de Compensação Regional (Sucre).
Segundo o ministro boliviano, os presidentes dos países-membros
ratificarão a constituição deste meio de pagamento internacional
durante a cúpula para depois entrar em um processo de adequação "que
vai ser muito breve", pois "as primeiras operações em sucres"
começam já em 2010.
Ajata explicou que o Sucre é "uma tentativa" das nações da Alba
de utilizar um meio de pagamento próprio para exportações e
importações, à margem do dólar ou do euro.
"Isto significa ganhar em soberania econômica, ganhar em
soberania na política monetária entre nossos países", opinou o
ministro.
De acordo com Ajata, o objetivo final é que o Sucre seja uma
moeda comum nos países da Alba e não somente um meio de pagamento
para as operações de comércio exterior, como ocorreu com o euro na
União Europeia (UE).
A conferência sobre este sistema de pagamento estará a cargo do
Equador.
Os ministros da área econômica da Alba também debaterão os
fundamentos do Tratado de Comércio dos Povos (TCP), um acordo
comercial, político e social proposto em contraposição aos Tratados
de Livre-Comércio (TLC) criticados pelos governantes membros da
aliança.
A Alba é formada por Equador, Venezuela, Cuba, Bolívia, Antígua e
Barbuda, Nicarágua, São Vicente e Granadinas, Honduras e Dominica.
Confirmaram presença na reunião de sexta-feira, por enquanto, os
presidentes da Venezuela, Hugo Chávez; do Equador, Rafael Correa; da
Nicarágua, Daniel Ortega; e do Paraguai, Fernando Lugo, na qualidade
de convidado.
Também estarão presentes delegações de São Vicente e Granadinas,
Antígua e Barbuda e Dominica, além de Uruguai, República Dominicana,
Rússia e Haiti, que junto com o Paraguai são os países convidados
para o encontro na qualidade de observadores. EFE