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Países da UE concordam em vetar importações de petróleo iraniano

Publicado 23.01.2012, 08:10

Bruxelas, 23 jan (EFE).- Os países da União Europeia (UE) decidiram nesta segunda-feira colocar em prática o embargo às importações de produtos derivados de petróleo procedentes do Irã.

Fechado pelos embaixadores comunitários, o pacto será assinado hoje pelos ministros das Relações Exteriores.

Pelo acordo fica proibida imediatamente a assinatura de novos acordos. Haverá, no entanto, um período de transição para encerrar os contratos já existentes, que vale até 1º de julho.

Os 27 conseguiram convencer a Grécia a assinar o embargo, que tem como objetivo cortar possíveis vias de financiamento ao programa nuclear iraniano e aumentar a pressão sobre Teerã para que aceite negociar com a comunidade internacional.

A Grécia, que compra do Irã petróleo em condições vantajosas, temia que a medida representasse um novo golpe a sua maltratada economia.

Os outros dois países europeus que serão afetados pelo embargo são Espanha e Itália, que até agora tinham o Irã como um de seus principais fornecedores de petróleo.

Nas últimas semanas, o Irã vinha ameaçado com represálias a Europa se o bloco procedesse com o embargo, entre estas o fechamento do Estreito de Ormuz para os petroleiros, por onde transita uma parte fundamental do petróleo mundial.

Nesta segunda-feira, o ministro das Relações Exteriores sueco, Carl Bildt, garantiu que a opção seria "profundamente contraproducente" e prejudicaria mais o próprio Irã do que a União Europeia.

Paralelo a isso, os 27 aumentarão nesta segunda-feira as sanções financeiras a Teerã, congelando boa parte dos ativos do banco central iraniano.

Pelo acordo fechado na semana passada, não está previsto o bloqueio completo ao Banco Central, pois está incluído o fornecimento para permitir que "o comércio legítimo" continue e para que a dívida iraniana pendente possa ser paga aos países europeus.

A chefe da diplomacia comunitária, Catherine Ashton, ressaltou que a intenção é que assim o Irã "leve a sério" os pedidos de voltar à mesa de negociações.

"Acho que poucos acreditam que as sanções por si só sejam uma solução, são parte da resposta. (...) O instrumento mais importante é o diplomacia", explicou Bildt. EFE

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