Berlim, 3 nov (EFE).- O presidente do Eurogrupo e primeiro-ministro luxemburguês, Jean-Claude Juncker, qualificou de "desleal" o comportamento do chefe do Governo grego, George Papandreou, com relação a seus parceiros europeus por convocar um plebiscito sem prévio aviso.
"Comunicamos a ele, sem realmente reprová-lo, que seu comportamento é desleal", disse Juncker em declarações à televisão pública alemã "ZDF" sobre a reunião realizada na noite de ontem em Cannes (França).
Participaram dessa reunião os líderes de França e Alemanha e representantes de UE, FMI, Eurogrupo e Banco Central Europeu (BCE), que decidiram se encontrar depois da decisão de Papandreou de consultar os cidadãos gregos sobre o plano de resgate aprovado na semana passada para seu país.
Juncker ressaltou que "o Eurogrupo queria ter sido informado durante a recente cúpula da União Europeia sobre a iniciativa do plebiscito", que derrubou bolsas pelo mundo nesta semana.
O chefe do Eurogrupo comentou que durante a reunião de ontem se deixou claro a Papandreou que a questão primordial agora é se a Grécia se manterá na zona do euro ou não.
Juncker acrescentou que no plebiscito os cidadãos gregos deverão responder com "um sim ou um não à zona do euro".
"Desejamos que a Grécia continue sendo membro, mas não a qualquer preço", comentou o premiê luxemburguês, que lembrou por fim que Atenas deve cumprir os compromissos adquiridos. EFE