Assunção, 3 jan (EFE).- As autoridades veterinárias do Paraguai afirmaram nesta terça-feira que a alta de febre aftosa detectada no estado de San Pedro não afetará as exportações e não representa nenhum risco para os países vizinhos.
O Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal (Senacsa) confirmou na véspera a aparição de um novo foco dessa doença em um sítio criador de gado de San Pedro, três meses depois da detecção da doença na mesma região.
"Comunicamos-nos com todos os serviços veterinários oficiais dos países vizinhos, especialmente Argentina, Brasil e Uruguai, para tranquilizá-los e dizer que este foco foi detectado e denunciado na mesma área de emergência" declarada em setembro do ano passado em San Pedro, disse em entrevista coletiva o presidente do Senacsa, Daniel Rojas.
O funcionário garantiu que o novo foco "não afeta o comércio exterior" e que "não é um fato novo e um risco adicional aos países vizinhos".
O Paraguai aparece como oitavo exportador mundial de carne bovina e o foco anterior havia obrigado as autoridades a suspenderem as vendas do produto que chega a cerca de 64 países, mas posteriormente alguns deles como Brasil, Rússia e Venezuela voltaram a abrir seus mercados.
"Queremos esclarecer que nenhum mercado até o momento reportou o fechamento de operações. Respondemos a todos os mercados de destino para dar tranquilidade da situação real da declaração deste foco", comentou Rojas.
Por sua parte, o vice-presidente da Câmara Paraguaia da Carne, Martín Bordaberry, disse que a prioridade para este país sem litoral deve ser manter o livre trânsito do produto através de portos como os de Buenos Aires e Montevidéu.
O novo foco foi detectado na fazenda Nazareth, em 23 bovinos, de um total de 154 cabeças de gado.
O Senacsa indicou que esse caso foi confirmado a 15 quilômetros de outra fazenda na qual no último dia 18 de setembro foi declarado o primeiro foco, que obrigou o sacrifício de 820 cabeças de gado e a suspensão cautelar das exportações.
O fato causou, além disso, a perda do status de país livre de febre aftosa com vacinação do Paraguai. EFE