Johanesburgo, 29 jan (EFE).- O técnico da seleção sul-africana,
Carlos Alberto Parreira, já deixou claro que a base da equipe que
levará para a Copa do Mundo será formada por jogadores que disputem
o campeonato nacional.
A África do sul conta com mais de 20 jogadores no futebol
europeu, mas, segundo Parreira, nem todos jogam o suficiente e
muitos estão sem ritmo.
"Fora um ou dois jogadores como Steven Pienaar (Everton), que
está jogando muito bem, a maioria de nossos jogadores não está
atuando", assegura o técnico brasileiro.
A lista de sul africanos no exterior é longa. Entre outros, nela
aparecem nomes como Van Heerden (Sivasspor-TUR), Mokoena
(Portsmouth-ING), Dikgacoi (Fulham-ING), Madubi (KVC Westerlo-BEL),
Claasen (Ajax-HOL) e McCarthy (Blackburn-ING).
Além da falta de ritmo, os planos de Parreira parecem ir contra
todos esses 'europeus'. O Campeonato Sul-Africano foi reduzido para
que a seleção tenha três meses de concentração para se preparar para
a Copa.
Já em março, a seleção de Parreira virá ao Brasil, onde disputará
vários amistosos. Antes de voltar à África do Sul, passará pela
Alemanha para mais uma parte da preparação.
"Quando vemos as seleções que estão jogando a Copa Africana em
Angola, vemos que o nível de futebol é bem mais alto que o nosso",
disse Parreira.
A maioria dos torcedores no país sede da Copa acredita serem
remotas as possibilidades de a África do Sul superar a primeira fase
do torneio, quando terá pela frente México, Uruguai e França.
Por isso, Parreira ressalta a importância das concentrações em
Brasil e Alemanha. "Durante essas concentrações tentarei melhorar a
habilidade dos jogadores os expondo a ambientes muito competitivos",
explicou.
Dos normalmente convocados por Parreira, só Pienaar, que não
participará da viagem preparatória, parece ter vaga garantida na
Copa. Os demais terão que mostrar nos quatro meses que restam de
temporada europeia se terão condições de ir ao Mundial. EFE