Paris, 20 jul (EFE).- A grande maioria dos trabalhadores de uma
planta que a montadora americana General Motors (GM) tem na cidade
francesa de Estrasburgo aceitou o plano de ajuste salarial proposto
pela direção como condição para manter as atividades e evitar que
uma fábrica do México assumisse o controle.
Segundo resultados apresentados segunda-feira à noite pelos
sindicatos, que tinham organizado um plebiscito consultivo entre os
cerca de 1.150 empregados da fábrica (com participação de 97% dos
convocados), 70% se pronunciaram a favor de aceitar as condições da
empresa.
Em números absolutos, 645 empregados disseram 'sim' ao plano que
prevê o congelamento salarial durante dois anos e a renúncia a um
terço dos dias não laborais aos quais têm direito por conta da
redução do tempo de trabalho, enquanto 268 votaram contra, explicou
a emissora de rádio "France Info".
A direção da fábrica, que comemorou esta "forte aprovação" de sua
oferta, quer reduzir em 10% os custos de produção para fazer com que
a GM defina, em agosto, que a planta vai fabricar novos modelos, que
estão sendo cotados para fabricação no México.
Os sindicatos e o comitê de empresa tinham previsto uma reunião
nesta segunda-feira para tentar o consenso de todos os sindicatos
para assinar o acordo, que era a condição da direção para levar
adiante o ajuste.
A Confederação Francesa de Trabalhadores (CFDT, majoritária), a
Força Operária (FO) e a Confederação Francesa de Trabalhadores
Cristãos (CFTC) estavam a favor da aceitação das condições, enquanto
a Confederação Geral do Trabalho (CGT) tinha pedido um voto
negativo. EFE