México, 18 jan (EFE).- Os vice-ministros de Finanças e os representantes dos bancos centrais das nações do Grupo dos Vinte (G20, que reúne as principais economias desenvolvidas e emergentes) analisarão em reunião que começa nesta quinta-feira no México a ampliação de recursos do Fundo Monetário Internacional (FMI) para fazer frente aos desafios globais.
Uma fonte diplomática brasileira disse à Agência Efe que o "objetivo principal" do encontro de dois dias é estabelecer os temas e os grupos de trabalho de todo o ano, após analisar as prioridades que estabeleceu a presidência do G20, a cargo do México.
Serão abordadas "as perspectivas para todo o ano e, nesse contexto, a ampliação de recursos do FMI", o que já foi discutido na última cúpula, realizada em novembro em Cannes (França), afirmou a fonte.
A instituição financeira anunciou nesta quarta-feira que necessita "reunir até US$ 500 bilhões em recursos adicionais para empréstimos", em reconhecimento explícito aos crescentes desafios globais que enfrenta, especialmente diante da crise na zona do euro.
Segundo o funcionário brasileiro, esse tema "tem uma importante relação com as ações que a Europa tomará sobre seus instrumentos de defesa".
Para a fonte brasileira, muitas autoridades que participarão da reunião na capital mexicana "insistirão que é preciso haver um movimento grande nos instrumentos de defesa europeus", basicamente no fundo e no Mecanismo Europeu de Estabilidade Financeira (MEEF).
A dúvida é se deverá ser ampliada ou não a capacidade do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), e se o MEFE precisa funcionar desde já, precisou.
As nações da zona do euro decidiram em dezembro antecipar para julho de 2012 a entrada em vigor do MEFE, fundo de resgate permanente, que terá um capital de 700 bilhões de euros.
O FEEF tem uma capacidade efetiva de empréstimo de 440 bilhões de euros, embora o número caia a 250 bilhões de euros se forem descontadas as ajudas a Grécia, Portugal e Irlanda.
Outro tema que estará presente na reunião de quinta e sexta-feira será o desenvolvimento sustentável, uma das prioridades da presidência do G20, assim como a estabilização econômica e as reformas estruturais para o crescimento e o emprego.
A fonte lembrou que o Brasil abrigará em junho de 2012 a cúpula das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável Rio+20, e que o México já propôs um grupo de trabalho para abordar o tema do crescimento verde. EFE