Washington, 1 mar (EFE).- Fevereiro voltou a ser um bom mês para as fabricantes de automóveis nos Estados Unidos, que, de forma geral, registraram altas acima de 10% nas vendas de veículos, apesar do aumento dos preços do petróleo.
O significativo aumento da demanda ocorreu apesar da forte alta do preço do petróleo e da gasolina nas últimas semanas, em resposta à instabilidade que se vive no norte da África e no Oriente Médio.
Nesse sentido, as montadoras notaram que a nova alta dos preços dos combustíveis está começando a afetar as decisões dos motoristas e que os consumidores voltarão suas atenções a veículos de baixo consumo nos próximos meses.
"Com o petróleo a cerca de US$ 100 por barril e os preços da gasolina em alta, a principal preocupação dos consumidores é novamente o consumo" afirmou Ken Czubay, vice-presidente de Marketing nos EUA da Ford.
Já Don Johnson, vice-presidente de Operações de Vendas nos EUA da General Motors (GM), disse que, embora as vendas serão afetadas pela duração e variação da alta dos preços do petróleo, sua empresa não está de todo preocupada porque está "em boa posição para os níveis atuais" e futuros.
A GM e a Toyota foram as mais favorecidas pelo renovado interesse dos consumidores americanos para adquirir os últimos modelos automobilísticos.
A demanda de veículos da GM aumentou 45,8% no mês passado, enquanto o crescimento da Toyota foi de 41,8%.
Outra mostra de que os consumidores estão preocupados com o crescente preço do combustível é que, na Toyota, as vendas dos veículos híbridos aumentaram 50,2%, acima de suas vendas gerais.
Já a Ford, que no ano passado foi o fabricante que mais lucrou devido à polêmica de recalls que atingiu a Toyota e ao ritmo de recuperação da GM após a quebra de 2009, teve de se contentar com um modesto aumento de 13,8%.
Por sua vez, o Grupo Chrysler, também em pleno processo de recuperação após a quebra de 2009, registrou aumento similar, de 13%, e vendas de 95.102 veículos.
Atrás dos quatro principais fabricantes de automóveis nos Estados Unidos, a Honda registrou alta de 21,6%, após vender 98.059 veículos - ligeiramente acima do Grupo Chrysler -, e a Nissan viu seu melhor mês de fevereiro da história com um aumento de 31,6% e 92.370 veículos vendidos.
As duas companhias sul-coreanas, Hyundai e Kia, mantiveram sua incessante tendência de alta. A Hyundai ganhou 28% de demanda e vendeu 43.533 unidades, enquanto a Kia informou alta de 36,4%, ao somar 32.806 unidades vendidas, um novo recorde para o mês de fevereiro. EFE