Londres, 19 jan (EFE).- A agência de medição de risco Standard and Poor's (S&P) prevê a possível quebra em 2012 de 41 empresas europeias devido ao arrefecimento econômico e à falta de financiamento.
Em uma apresentação em Londres, a agência americana assinalou nesta quinta-feira que influenciarão no rendimento dessas empresas a crise de dívida soberana na zona do euro e o menor acesso a empréstimos bancários.
S&P sustenta que a previsão de insolvência para 2012, calculada sobre o total de 676 companhias, é maior do que a do ano passado, de 4,8%, embora inferior a registrada no terceiro trimestre de 2009 - um ano depois da explosão da crise creditícia nos EUA -, quando ascendeu a 14,7%.
Se ocorrer um agravamento das condições econômicas nos próximos meses, devido a uma recessão na Europa superior a esperada, o percentual de quebras poderia aumentar até 8,4%, indicou a agência em seu relatório sobre perspectivas de crédito das empresas europeias.
No documento, Standard and Poor's indica que as empresas com melhores perspectivas são as de atividades globais e presentes nos mercados emergentes, por isso não serão afetadas pelas turbulências na zona do euro.
Adverte que o risco creditício de cada país vai influenciar inevitavelmente nas empresas que estejam orientadas ao comércio nacional, principalmente em estados castigados pela crise de dívida soberana, como Itália, Espanha, Portugal, Irlanda e Grécia.
A agência prevê que o crescimento econômico na Europa se situará em 2012 em torno de 0,4%, com suave recessão na primeira metade do ano.
S&P avaliou a evolução de 676 companhias localizadas nos 27 países da União Europeia e na Islândia, Noruega e Suíça. EFE