Tóquio, 5 nov (EFE).- O maior fabricante mundial de veículos, o
japonês Toyota Motor, anunciou hoje que, entre julho e setembro,
segundo trimestre de seu ano fiscal, teve seu primeiro lucro líquido
em um ano, de 21,8 bilhões de ienes (161 milhões de euros).
Esse resultado, inesperado para os analistas, é, no entanto 84%
inferior ao lucro líquido que teve o gigante japonês no mesmo
período do ano anterior.
Entre abril e setembro, no entanto, Toyota perdeu 55,99 bilhões
de ienes (416 milhões de euros), frente ao lucro de 493,47 bilhões
de ienes (3,674 bilhões de euros) do mesmo período do ano anterior.
Em termos operacionais, por atividade ordinária, Toyota registrou
uma perda de 136,859 bilhões de ienes (1,02 bilhões de euros) no
semestre, frente ao benefício de 582,2 bilhões de ienes (4,343
bilhões de euros) do mesmo período de 2008.
Mas, mais uma vez, registrou um lucro operacional de 58 bilhões
de ienes (429 milhões de euros) no segundo trimestre fiscal, 66%
menor ao registrado entre julho e setembro do ano passado.
A melhora nesses três meses se deu graças ao impulso das vendas
em mercados como o japonês e chinês pelas medidas de desconto e
subsídios à compra de novos veículos, pelo que os ingressos
minguaram menos que o esperado, 24% até 4,54 trilhões de ienes
(33,610 bilhões de euros).
Encorajado pelos dados de vendas, Toyota espera para todo o ano
fiscal 2009, que concluirá em março de 2010, uma perda líquida de
200 bilhões de ienes (1,488 bilhões de euro), mais da metade do que
previa em agosto passado.
Além disso, o gigante automotivo prevê vender 7,03 milhões de
veículos, 400 mil unidades mais que em sua previsão anterior.
O de 2009 será o segundo ano fiscal consecutivo no qual Toyota
registrará perdas líquidas e operativas, pela primeira vez em seus
71 anos de história, acossada pela queda das vendas em seus
principais mercados e a apreciação do iene frente ao dólar.
Toyota se situa assim como o único grande fabricante japonês de
automóveis que permanece no vermelho na primeira metade do ano
fiscal de 2009, que finalizará em março do próximo ano. EFE