Pequim, 5 jan (EFE).- Os países membros da União Europeia (UE)
ainda não chegaram a um acordo sobre o fim do embargo na venda de
armas à China, segundo o ministro de Exteriores da Hungria, Peter
Balazs, informou hoje o periódico "China Daily".
De acordo com o diário oficial chinês, Balazs afirmou na
inauguração de um consulado de seu país na cidade de Chingquing, no
centro da China, que se trata de "um assunto muito delicado".
"Devemos falar sobre isso, é uma questão de definir quando e sob
que condições", explicou o ministro, que destacou que existe uma
forte aliança entre os 27 países da UE, e o assunto será tratado
entre todos.
Embora a Hungria não seja favorável à limitação do comércio, as
armas são "produtos sensíveis" relacionados com "a paz e a
estabilidade", acrescentou Balazs.
O embargo de venda de armas à China foi imposto em 1989, por
causa do massacre de estudantes na Praça de Praça da Paz Celestial,
e Pequim reitera continuamente sua oposição a uma medida que
considera "obsoleta" e que atrapalha as relações bilaterais.
"Se o embargo for suspenso, as relações entre China e a UE vão
melhorar sensivelmente", disse Zhao Chen, do departamento de Estudos
Europeus da Academia de Ciências Sociais da China. "O embargo é mais
um assunto político que militar", acrescentou. EFE