UE prepara-se para eventual retirada de europeus da Síria

Publicado 08.02.2012, 10:35
Atualizado 08.02.2012, 11:07

Bruxelas, 8 fev (EFE).- A União Europeia (UE) decidiu intensificar o planejamento de uma eventual operação da retirada das equipes diplomáticas e de cidadãos comunitários da Síria diante do agravamento da situação no país.

Como explicaram nesta quarta-feira as fontes comunitárias, os 27 concordaram em enviar um grupo de especialistas a Damasco para desenhar uma hipotética saída de europeus, caso seja necessário, e decidiram reforçar as delegações nos vizinhos Líbano e Jordânia.

Os planos levam em conta "os piores cenários possíveis" e ocorrem após vários pedidos de estados-membros para que Bruxelas coordene a atenção consular diante de crise no país.

A presença de europeus na Síria é significativa, embora não haja dados atualizados sobre o número de cidadãos comunitários no local.

Por enquanto, e apesar de vários estados-membros chamarem seus embaixadores para consulta, a UE manterá o seu chanceler em seu posto.

"Membros da oposição síria pediram para que ficássemos", justificou como um dos motivos outra fonte diplomática.

Os contatos da União com os grupos opositores ao regime de Bashar al Assad continuam diante da deterioração da situação no país, onde as forças do Governo seguem bombardeando a cidade de Homs.

Paralelo a isso, a UE multiplicou os esforços diplomáticos e as conversas com a ONU e a Liga Árabe para tentar encontrar uma fórmula que permita pôr fim a violência.

Por enquanto, não está prevista nova tentativa de aprovar uma resolução de condenação ao regime nas Nações Unidas após o veto da Rússia e da China, mas a comunidade internacional procura saídas para a crise.

Uma reunião está sendo planejada e é possível que ocorra por meio de uma videoconferência envolvendo a chefe da Alta Representante para as Relações Exteriores e Política de Segurança da União Europeia, Catherine Ashton; o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon; e o da Liga Árabe, Nabil al Araby.

Esta em estudo ainda a possibilidade de criar um "grupo de contato" que reúna parte da comunidade internacional em busca de uma saída à crise síria, ao estilo do que ocorreu no caso da Líbia.

A UE, no entanto, procura evitar qualquer comparação entre os dois conflitos, pois como lembraram nesta quarta-feira fontes europeias, a experiência líbia é um dos motivos que levaram Rússia e China a não aprovar uma resolução no Conselho de Segurança da ONU.

"A Síria não é a Líbia", insistiram nesta quarta essas fontes, que lembraram que todos os países europeus disseram que a opção militar neste caso "está excluída".

Bruxelas se opõe também à ideia de armar a oposição ao regime de Assad, como reivindicaram alguns congressistas americanos.

"Seria alimentar a guerra civil e isso é o que tentamos frear", explicou uma das fontes.

Enquanto isso está confirmado que a UE prepara uma nova rodada de sanções contra a Síria. Entre as propostas na mesa está a de vetar transações com o Banco Central sírio, o comércio de ouro e metais preciosos do país e proibir as importações de fosfato, uma importante fonte de receita para Damasco. Todas contam com apoio em princípio de parte dos Governos europeus.

Um estado-membro da UE propôs bloquear os voos comerciais a partir e para Síria, embora a ideia não tenha apoio unânime. O objetivo dos 27 é que as novas medidas restritivas sejam aprovadas na reunião de ministros comunitários das Relações Exteriores de 27 de fevereiro em Bruxelas. EFE

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