São Paulo, 21 jul (EFE).- O vice-ministro de Economia e Finanças do Uruguai, Pablo Ferreri, convidou nesta sexta-feira em São Paulo cerca de 150 empresários japoneses estabelecidos no Brasil a investir no Uruguai em setores como o de serviços e em infraestruturas.
"Tudo o que tem a ver com a produção de serviços abriga ainda um campo enorme de crescimento no Uruguai", disse à Agência Efe Ferreri ao término de sua apresentação em um evento organizado pela Câmara de Comércio e Indústria Japonesa do Brasil, que acolhe a maior comunidade nipônica fora do Japão.
O vice-ministro, que foi acompanhado por uma delegação de mais de 20 empresários uruguaios, citou que há oportunidades de negócio "em tudo o que se refere a serviços financeiros" e "produção de software", entre outros.
Em sua opinião, as empresas japonesas não apenas trazem consigo o benefício do investimento, mas também "incorporam inovação, conhecimento tecnológico e uma capacidade de fazer negócios diferentes".
Neste sentido, Ferreri também convidou os empresários japoneses residentes no Brasil a se somarem ao plano de infraestruturas lançado pelo governo uruguaio, que pretende melhorar sua rede de estradas e ferrovias.
"Estamos lançando vários projetos de participação público-privada, dando um espaço de investimento ao setor privado muito importante nestas áreas. Aí também se apresentam grandes oportunidades de investimento", apontou.
O governo do Uruguai anunciou em outubro do ano passado a criação de um fundo de US$ 350 milhões, que terá uma vigência de 30 anos, para projetos de infraestrutura de participação público-privada.
Ferreri destacou as características que fazem do Uruguai um "país confiável" em termos de investimento, além de ressaltar "o crescimento ininterrupto" durante os últimos de dez anos.
"Isso tem a ver com a sua qualidade institucional, jurídica, estabilidade social e política, elementos que diferenciam o nosso país na região", comentou.
Além disso, afirmou que o Uruguai "se desajustou do comportamento econômico de seus vizinhos", em relação ao esfriamento das economias de Brasil e a Argentina.
Sobre o déficit fiscal do Uruguai, que fechou 2016 em 4% do Produto Interno Bruto (PIB), Ferreri disse que espera que se reduza "a níveis mais razoáveis" este ano depois de aumentar "alguns impostos, fundamentalmente o sobre a renda", e pôr em prática "um plano de contenção de despesas".
O encontro com os empresários japoneses fez parte da agenda da agência de promoção comercial e exportações Uruguay XXI, que apresentou na quinta-feira em São Paulo a Cúpula Empresarial China-LAC, que será inaugurada no dia 30 de novembro e vai até 2 de dezembro em Punta del Este.