Nova York, 20 abr (EFE).- A companhia aérea americana US Airways anunciou nesta sexta-feira que começou o processo de fusão com American Airlines, uma empresa com 55 mil trabalhadores e em processo de concordata, informou a rede de televisão "CBS".
O presidente e executivo-chefe da US Airways, Doug Parker, comunicou aos funcionários por carta que havia iniciado os trâmites para a fusão diante do Comissão da Bolsa de Valores americana (SEC, na sigla em inglês) e "assinado acordos com os três sindicatos que representam os trabalhadores da American Airlines", revelou a emissora.
O anúncio ocorre um dia depois que a empresa matriz da AA, a Corporação AMR, anunciasse perdas de US$ 1,7 bilhão no primeiro trimestre do ano, quatro vezes superior as perdas do mesmo período de 2011 e que atribuiu aos custos de reestruturação de seu negócio.
A companhia aérea com sede em Forth Worth (Texas), que é a terceira maior dos EUA e acolheu o Capítulo 11 da Lei de Falências em novembro de 2011, havia manifestado que queria superar o processo de concordata e seguir caminhando sozinha.
Com este novo anúncio, o setor americano das companhias aéreas dá um novo passo em sua reestruturação, após a fusão em 2010 da United Airlines com a Continental Airlines e dois anos antes da Delta Air Lines e Northwest Airlines.
Parker, na carta enviada aos funcionários da US Airways, aponta que assinou acordos com os sindicatos de pilotos, de aeromoças e com o de transportes, que além disso já emitiram comunicado demonstrando o apoio ao projeto.
"Primeiro de tudo, esta notícia não significa que tenhamos acordado a fusão com American Airlines. Só significa que foram alcançados acordos com esses sindicatos sobre como seus convênios coletivos veem a fusão e que gostariam de trabalhar conosco para torná-lo realidade", acrescenta Parker no texto.
Destacou que agora se trata "de ganhar o apoio dos credores da AMR, de sua equipe de gestão e do conselho de diretores. Obviamente é um importante passo no caminho e esperamos poder trabalhar para que isso ocorra".
O comunicado conjunto emitido pelos três sindicatos revela que "a fusão entre American Airlines e US Airways é a melhor estratégia e mais rápida opção para completar a reestruturação da AA".
Consideram que a fusão "proporciona a melhor via para todas, incluindo aos empregados" de as companhias aéreas. EFE