Por Mubasher Bukhari
LAHORE, Paquistão (Reuters) - A polícia paquistanesa matou nesta quarta-feira o líder do grupo militante sectário Lashkar-e-Jhangvi, seus dois filhos e outras 11 pessoas em um tiroteio, depois que homens armados atacaram um comboio policial enquanto os militantes estavam sendo transferidos de local, informaram as autoridades.
A morte de Ishaq, depois de décadas em que ele parecia intocável, pode marcar uma mudança importante na forma como o governo paquistanês lida com os militantes extremistas, disseram analistas.
O grupo muçulmano sunita extremista fundado por Ishaq assumiu a responsabilidade pela morte de centenas de civis, em sua maioria muçulmanos xiita, minoritários no país.
O Lashkar-e-Jhangvi já chegou a contar com o apoio aberto de poderosa agência de espionagem do Paquistão, que usou tais grupos na Índia e no Afeganistão e para combater grupos militantes xiitas.
Ishaq foi alvo de dezenas de julgamentos de assassinato, mas sempre era absolvido porque as testemunhas se recusavam a depor.
Ele foi preso novamente no sábado, em cumprimento de uma ordem judicial, com seus dois filhos.