Rio de Janeiro, 13 nov (EFE).- O volume de vendas do comércio
varejista no Brasil cresceu 0,3% em setembro com relação a agosto,
com isso o setor completou cinco meses consecutivos de expansão na
comparação com o mês anterior, informou hoje o Governo.
Com base no boletim de Pesquisa Mensal do Comércio, divulgado
nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), o crescimento das vendas dos comerciantes em
setembro foi inferior ao de agosto (0,6%), de julho (0,5%), de junho
(1,7%) e de maio (0,4%).
Na comparação com setembro do ano passado, a expansão das vendas
foi de 5%, acima do índice de 4,8% medido em agosto na comparação
com o mesmo mês do ano passado.
O percentual, no entanto, ainda ficou abaixo do índice de 6%
registrado em julho na comparação com os 12 meses anteriores.
Segundo o IBGE, o aumento do consumo, apesar da crise econômica,
permitiu que as vendas do comércio acumulassem o crescimento de 4,7%
ao longo dos nove primeiros meses de 2009.
Da mesma forma, a expansão das vendas acumulada nos últimos 12
meses alcançou 5% em comparação com o período entre outubro de 2007
e setembro de 2008.
Pelo último levantamento, seis dos oito setores comerciais
analisados registraram crescimento das vendas em setembro na
comparação com o mesmo mês do ano passado.
O crescimento foi impulsionado principalmente pelo aumento de
9,7% nas vendas de alimentos e bebidas, assim como pela expansão das
vendas de artigos de uso pessoal e doméstico (6,6%), artigos
farmacêuticos e médicos (8,1%), móveis e eletrodomésticos (1,5%).
Índices negativos foram registrados somente nos setores de
tecidos, confecções e calçados (-6,6%) e combustíveis e
lubrificantes (-4,3%).
Segundo os analistas do IBGE, o principal responsável pelo
crescimento das vendas no mês de setembro foi o setor de alimentos,
favorecido pelo "maior poder de compra da população, o aumento da
renda e a estabilidade dos preços".
Em destaque em setembro também ficaram as vendas de automóveis,
motocicletas e peças para veículos, com um crescimento de 18,9%.
A expansão nesse último setor foi atribuída pelo organismo às
medidas de incentivo adotadas pelo Governo para estimular o segmento
atingido pela crise econômica, principalmente a redução dos impostos
sobre os automóveis novos. EFE