Redação Central, 1 fev (EFE).- O retorno do atacante Robinho ao
Santos por empréstimo junto ao Manchester City é a principal
transação envolvendo brasileiros na janela de contratações de
inverno do futebol europeu, fraca para o país em relação aos últimos
anos.
Apresentado hoje como novo reforço do Santos em uma festa para
mais de 15 mil pessoas, o atacante espera que a passagem de seis
meses pela Vila Belmiro sirva de trampolim para ir bem na Copa de
2010.
"Treinando e jogando bem no Santos, tenho tudo para fazer um bom
papel no Mundial. Quero estar na África do Sul, esse pode ser meu
Mundial. Mas não só vim por isso, também estou aqui para levar o
Santos ao título de todas as competições que disputar", afirmou o
atacante na primeira coletiva de volta ao clube que o revelou.
O atacante admitiu que seu rendimento "caiu um pouco" e atribuiu
a isso a lesão que o afastou dos gramados por três meses, tempo
acima do esperado.
Robinho disse estar em condições de estrear no clássico do
próximo domingo com o São Paulo, clube que também sonhou com sua
contratação.
O jogador desceu de helicóptero no gramado ao lado de Pelé, maior
ídolo da história do clube. Apesar do forte calor, milhares de
torcedores estavam nas arquibancadas para receber Robinho, destaque
na conquista do Campeonato Brasileiro em 2002 e 2004.
O atacante, de 26 anos, se junta a nomes como Adriano, Fred,
Ronaldo, Vágner Love e Roberto Carlos, que retornaram ao Brasil
ainda em condições de atuar bem para serem lembrados pelo técnico
Dunga na lista à Copa de 2010.
Na Itália, o meia brasileiro Mancini trocou a Inter de Milão pelo
rival Milan em transação confirmada hoje pelo vice-presidente e
chefe executivo do clube rubro-negro, Adriano Galliani.
Fora dos planos do técnico da Inter, José Mourinho, Mancini
chegou a negociar sua transferência ao Olympique de Marselha, mas as
conversas não avançaram.
Na atual temporada, o ex-jogador do Atlético-MG disputou seis
jogos do Campeonato Italiano e apenas um da Liga dos Campeões pela
Inter.
Quem chega como novidade na Itália é o atacante Keirrison. O
jogador, que foi ao Benfica emprestado pelo Barcelona para ser
titular, sai para a Fiorentina tendo passado em branco pela equipe
de Lisboa.
O ex-atacante de Coritiba e Palmeiras foi emprestado ao time
italiano por duas temporadas, com opção de compra no valor de 14
milhões de euros.
A Roma não negociou Júlio Baptista, que tinha propostas para
sair, e Cicinho, que tentou cavar seu retorno ao futebol brasileiro
por não ter espaço no elenco.
Ainda na Itália, o goleiro Rubinho trocou o Palermo pelo Livorno
até o final do Campeonato Italiano, por empréstimo, e se apresentará
ao novo clube o mais rápido possível.
Em troca, o Palermo receberá pelo mesmo período o também goleiro
Francesco Benussi. Rubinho, de 17 anos e revelado pelo Corinthians,
tinha propostas de clubes ingleses como Stoke, Fulham e West Ham -
com este último, chegou a acertar salários.
Quem voltou ao futebol europeu foi o volante Edmílson, que
vestirá a camisa do Zaragoza após passagem frustrada pelo Palmeiras.
Por outro lado, Cléber Santana deixará o Atlético de Madri rumo ao
São Paulo.
Por sua vez, Barcelona e Real Madrid preferiram não mexer nos
seus elencos e optaram por dispensar jogadores - entre eles o
atacante holandês Ruud Van Nistelrooy, que trocou a capital
espanhola pelo Hamburgo, da Alemanha.
Em Portugal, o Benfica apostou pesado na contratação de
brasileiros: chegaram os atacantes Alan Kardec, ex-Vasco, e Éder
Luis, que estava no Atlético-MG. Eles custaram 2,5 e 2 milhões de
euros, respectivamente.
Outro que veio foi o volante Airton, um dos destaques do Flamengo
na conquista do título brasileiro do ano passado. Ele custou 2
milhões de euros.
Já o Porto quase anunciou o atacante Kléber, que estava no
Cruzeiro, mas a negociação ficou nos "mínimos detalhes" - expressão
usada pelo empresário do jogador. Ele custaria 5,5 milhões de euros.
O zagueiro Breno, do Bayern de Munique, foi emprestado ao
Nuremberg para ganhar experiência. O São Paulo teve interesse em
repatriá-lo. EFE.