Nova York, 16 out (EFE).- O preço do Petróleo Intermediário do
Texas (WTI, leve) manteve hoje em Nova York a tendência de alta das
últimas jornadas e subiu 1,22%, para fechar a US$ 78,53 por barril
uma semana na qual alcançou três máximos anuais consecutivos.
Ao fim da sessão regular na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex),
os contratos de WTI para entrega em novembro subiram pelo sétimo dia
seguido e aumentaram US$ 0,95 por barril (159 litros) em relação ao
preço da quinta-feira.
O novo aumento do valor do petróleo, que é hoje 6,76% mais caro
que há uma semana, fez com que essa matéria-prima tenha ficado, como
ocorreu nas duas últimas sessões, em sua cota mais alta desde o dia
14 de outubro de 2008, quando fechou a US$ 78,63 o barril.
A última vez que o petróleo experimentou uma alta percentual
similar em uma semana foi no final de agosto, durante a temporada de
férias nos Estados Unidos, na qual de maneira habitual aumenta o
consumo do petróleo e seus derivados devido aos vários deslocamentos
por estrada que se realizam neste país.
Os contratos de gasolina para entrega em novembro subiram US$
0,03 em relação ao preço da quinta-feira e fecharam a US$ 1,97 por
galão (3,78 litros), enquanto o preço do gasóleo para entrega também
no próximo mês subiu US$ 0,01 e fechou a US$ 2,02 por galão.
O gás natural, por sua parte, registrou alta de US$ 0,30 e fechou
a semana a US$ 4,78.
Apesar da jornada nos mercados de valores ter sido dominada pelas
perdas generalizadas, depois de divulgados dados empresariais piores
que o esperado e números desfavoráveis relativos à confiança dos
consumidores americanos, o petróleo do Texas não interrompeu a
tendência de alta que tinha mostrado nas últimas sessões.
Esse comportamento, segundo os analistas, se deveu à depreciação
do dólar, moeda na qual se negocia as matérias-primas, assim como ao
estado das reservas de petróleo nos EUA, que aumentaram na semana
passada menos que o esperado.
Também ajudou o fato de que o preço do petróleo tenha continuado
aumentando o anúncio de que as reservas da gasolina e destilados
caíram na semana passada mais que o esperado pelos analistas, um
feito que foi recebido como uma mostra de que o consumo energético
nos EUA poderia estar se recuperando. EFE