Sydney (Austrália), 23 out (EFE).- O Fundo Mundial para a
Conservação da Natureza (WWF) denuncia que o vazamento de petróleo e
gás no Mar do Timor de uma plataforma da companhia PTTEP
Australasia, continua dois meses depois de um acidente na estrutura.
Após realizar uma viagem de inspeção de três dias na área
afetada, no noroeste da Austrália, o grupo informou hoje em
entrevista coletiva que o vazamento está tendo um grave impacto na
vida marinha da zona.
Segundo a porta-voz da organização, Gilly Llewellyn, se o derrame
estivesse acontecendo em uma zona mais próxima à costa, causaria um
clamor global.
"Em alguns momentos estávamos literalmente em um mar de petróleo"
disse.
Já a PTTEP afirmou que uma equipe de engenheiros tentará hoje
finalizar as tarefas de reparação da plataforma.
A companhia instalou uma torre de perfuração móvel para tentar
aliviar a pressão no poço danificado e introduzir material no buraco
para parar o derrame, operação que ainda não teve êxito.
O ministro australiano do Meio Ambiente, Peter Garrett, alegou
que se está fazendo todo o possível para interromper o vazamento,
mas é uma operação muito difícil.
O custo da limpeza do derrame já superou 5 milhões de dólares
australianos (cerca de US$4,6 milhões ou 3,1 milhões de euros).
O vazamento, que segundo cálculos derrama cerca de 400 barris de
petróleo por dia, poderia deixar aproximadamente 37 milhões de
litros no mar antes de um reparo total e um prejuízo de US$92,7
milhões para PTTEP, segundo dados da imprensa local. EFE