Investing.com – Após notícias sobre outra possível concorrente para as operações a B3 (BVMF:B3SA3), que opera a bolsa de valores brasileira, a percepção é que os riscos devem ser gerenciáveis, mas vão continuar a ser um entrave para as ações da companhia. É o que apontou o banco Goldman Sachs (NYSE:GS) em relatório divulgado aos clientes e ao mercado nesta terça-feira, 24, em que reforça recomendação neutra na B3, com preço-alvo de R$13.
O relatório foi divulgado após notícias na mídia que indicam que uma sociedade entre Santander (BVMF:SANB11) Corretora, o BTG Pactual (BVMF:BPAC11) e a Bolsa de Chicago (CBOE) estaria avançando para criação de um negócio de operação de bolsa de valores no país. A registradora CSD BR pretende protocolar no Banco Central até o término de 2024 sua solicitação para operar uma contraparte central e proporcionar liquidez.
De acordo com os analistas Tito Labarta, Tiago Binsfeld, Beatriz Abreu, Lindsey Shema, as receitas com ações representam 35% das receitas totais da B3 nos últimos 12 meses. “Estimamos que cerca de 80-90% estão relacionados com a compensação, que pode estar em risco devido a um potencial concorrente”.
Por outro lado, os analistas observam que “ter mais de uma central contraparte também pode criar ineficiências no mercado, tais como diferentes requisitos de liquidação e margem, o que poderia limitar o âmbito da concorrência, bem como os elevados requisitos de capital e garantias para a manutenção de uma central”, ponderam os analistas do Goldman, indicando que a maior parte dos países opera somente com uma contraparte.
Às 11h09 (de Brasília), as ações da B3 subiam 1,52%, a R$11,37.