Por Henriette Chacar
JERUSALÉM (Reuters) - Com procissões e cânticos, milhares de cristãos palestinos e peregrinos celebraram a cerimônia do Fogo Sagrado na Igreja do Santo Sepulcro de Jerusalém neste sábado, a primeira a ser realizada desde que Israel impôs novas restrições à participação.
Citando motivos de segurança pública, autoridades israelenses procuraram limitar a participação a apenas 1.700 fiéis, uma medida criticada pelos líderes da igreja como uma violação do direito à liberdade de culto. O limite foi posteriormente aumentado para 4 mil.
A misteriosa cerimônia milenar, que celebra a ressurreição de Jesus, atraiu mais de dez mil fiéis em anos anteriores.
Após horas de expectativa da multidão, o patriarca grego ortodoxo de Jerusalém entrou na tumba onde os cristãos acreditam que Jesus foi sepultado e emergiu carregando uma vela acesa --sem a ajuda de fósforos.
Em segundos, a luz se espalhou pela igreja escurecida, que é reverenciada pelos cristãos como o local da crucificação, sepultamento e ressurreição de Jesus. Sinos competiram com aplausos da multidão enquanto uma névoa enchia as capelas.
Após dois anos de restrições de viagem devido à Covid-19, Israel recentemente começou a permitir que turistas estrangeiros voltassem ao país, e cristãos têm ido para lá de todo o mundo.