Investing.com – Apesar de uma melhora na perspectiva para o setor de varejo brasileiro, como há forte correlação com o ambiente macroeconômico, a hora é de ser seletivo. É isso que aponta o BTG (BVMF:BPAC11) em relatório divulgado a clientes e ao mercado nesta quarta-feira, 11, em que indicou suas preferências.
O mix é formado por empresas com fortes impulsos, baixa alavancagem financeira e menor espaço para lucros negativos, entre elas Mercado Livre (NASDAQ:MELI), Smartfit (BVMF:SMFT3), Lojas Renner (BVMF:LREN3), Grupo Mateus (BVMF:GMAT3) e Vivara (BVMF:VIVA3). “Neste ambiente agridoce da incerteza macro e melhorando as microvariáveis, permanecemos conservadores na exposição ao varejo”, destacam os analistas Luiz Guanais, Gabriel Disselli e Pedro Lima.
A tendência de consumo, assim como o desempenho das ações do setor, envolve cinco temas, sendo o primeiro deles a taxa de juros elevada. Os analistas citam ainda o rendimento das famílias e os impactos da baixa inflação. Enquanto isso, consideram que companhias direcionadas a um público-alvo de renda mais elevada ainda podem apresentar dados decentes, ainda que com desaceleração esperada.
“Em quarto lugar, a alavancagem financeira continua a ser uma variável fundamental, limitando o poder de fogo do investimento (e favorecendo a consolidação em alguns segmentos). E por fim, o setor também é influenciado pela Reforma Tributária (principalmente a Lei nº 14.789/23, com um aumento da carga fiscal dos varejistas em 2024)”, detalham os analistas do BTG.
O macro deve seguir na pauta, com expectativa de aumento na taxa de juros brasileira Selic. O time macro do banco espera que a Selic termine o ano de 2024 em 11,75%, contra 10,5% estimados anteriormente, e o de 2025 em 10%.