Por Peter Hall
MANCHESTER (Reuters) - Um consórcio liderado pela família Ricketts, dona do Chicago Cubs, se retirou da corrida para comprar o Chelsea, clube da Premier League, disse a família nesta-feira. Agora, restam três interessados.
As últimas ofertas pelo clube foram enviadas na quinta-feira. A equipe foi colocada à venda pelo dono, Roman Abramovich, antes de o governo britânico impor sanções ao oligarca devido à invasão da Ucrânia pela Rússia.
A família Ricketts, que havia se juntado aos bilionários norte-americanos Ken Griffin e Dan Gilbert, fez uma oferta em dinheiro e havia sido incluída na lista final de quatro interessados produzida pelo banco norte-americano Raine Group, que está supervisionando a venda.
"O grupo Ricketts-Griffin-Gilbert decidiu, após um processo de deliberação cuidadoso, não fazer uma oferta final pelo Chelsea F.C", informou o comunicado.
"Enquanto finalizavam a proposta, ficou muito claro que certos problemas não poderiam ser solucionados dada a dinâmica atípica do processo de venda. Temos uma grande admiração pelo Chelsea e seus fãs e desejamos tudo de bom aos novos proprietários."
Com a surpreendente retirada da família Ricketts, restam como interessados no Chelsea os grupos liderados por Todd Boehly, um dos donos do LA Dodgers; o ex-chairman do Liverpool, Martin Broughton; e um dos proprietários do Boston Celtics, Steve Pagliuca.
A família Ricketts se reuniu com grupos de torcedores após surgirem notícias de que 77% dos membros do Chelsea Supporters' Trust (CST) não apoiavam sua oferta pelo clube.
A reação ocorreu em resposta a um vazamento de emails de 2019, em que o empresário Joe Ricketts descreveu muçulmanos como seus "inimigos". Joe não estava envolvido na oferta pelo Chelsea, que era liderada por seus filhos Laura e Tom.
No entanto, fontes próximas ao negócio disseram à Reuters que a retirada não foi causada pela reação dos torcedores, mas por diferenças entre os membros do consórcio.
Eles ressaltaram uma lista de comprometimentos se a oferta fosse bem-sucedida, dizendo que jamais permitiriam que o clube da Premier League participasse de uma Super Liga europeia, enquanto também avaliavam a opção de remodelar o estádio Stamford Bridge.